O guitarrista e membro do Hall da Fama do Rock and Roll, Alice Cooper, é amplamente reconhecido como um ícone da música americana. No entanto, sua trajetória até alcançar o sucesso foi marcada por excessos, que quase o levaram à autodestruição. Nos anos 70, o jovem músico vivia sob o peso da fama, da fortuna e de uma vida regada a festas, o que o colocou em rota de colisão com o vício e a morte.
Em entrevista ao New York Daily News, Cooper relatou: “Tudo que poderia dar errado estava se fechando dentro de mim. Eu estava bebendo com Jim Morrison e Jimi Hendrix e tentando acompanhar Keith Moon, e todos eles morreram aos 27 anos.” Foi nesse cenário de desespero que ele se viu diante de um dilema existencial: ou sucumbiria ao vício ou buscaria uma mudança radical em sua vida.
Em relato à Classic Rock, Cooper explicou como a vida na estrada e o consumo excessivo de álcool o levaram à beira da ruína. “Eu não tinha um botão de desligar. E, finalmente, isso me pegou.” O ano era 1977, e Cooper, embora no auge de sua carreira, enfrentava uma espiral de autodestruição.
Foi então que, após uma noite em que vomitou sangue, Alice Cooper se viu confrontado com a realidade de sua situação. Em entrevista ao evangelista Greg Laurie, ele contou que sua esposa, Sheryl, lhe disse: “A festa acabou.” Ela, junto com o empresário Shep Gordon, promoveu uma intervenção, levando o músico a buscar ajuda no Cornell Medical Center, um sanatório próximo a White Plains, Nova York.
Mudança radical
Cooper descreveu essa experiência como um ponto de virada em sua vida. “Nenhum dos outros pacientes sabia quem eu era”, relatou, referindo-se ao fato de que, naquele hospital, ele era apenas mais um paciente em tratamento.
Segundo a CBN News, esse isolamento foi crucial para o processo de transformação. Cooper acredita que foi ali, naquele ambiente, que Deus operou um milagre em sua vida, libertando-o do vício. “Depois de dois dias, eu me senti ótimo”, contou. Ele nunca mais recorreu ao álcool ou às drogas.
Ao longo dos anos, Cooper reafirmou sua convicção de que sua transformação foi divina. Em entrevista, ele afirmou: “Deus tirou isso de mim. É um milagre.”
Médicos que o acompanharam no processo ficaram impressionados, reconhecendo a rareza de sua recuperação. Cooper ressaltou: “Eles disseram que eu era um caso de um em um milhão.” E completou: “Deus trabalha assim.”
A trajetória de conversão de Cooper é vista por muitos como um exemplo raro de mudança radical. Ele contou que, antes da transformação, em um momento de grande sofrimento, se viu usando cocaína em seu quarto e, ao olhar no espelho, teve uma visão de sangue saindo de seus olhos. “Eu sabia que ia morrer”, relatou. Foi nesse momento que ele clamou a Deus, e sua vida tomou um novo rumo.
Hoje, Cooper compartilha sua história para alertar os jovens sobre os perigos do vício e a realidade da existência de Satanás. Ele tem utilizado sua plataforma para falar sobre sua fé, afirmando:
“Satanás não é um mito. Não fique sentado fingindo que ele é uma piada.” Além disso, ele tem se esforçado para que mais pessoas conheçam a figura de Jesus Cristo, ressaltando que, apesar de ser o personagem mais escrito de todos os tempos, muitos ainda desconhecem sua verdadeira mensagem.
Em uma reflexão final, Cooper comentou sobre a resistência de algumas pessoas em aceitar os ensinamentos de Cristo: “Elas acreditam na versão de Hollywood de ‘Eu faço mais bem do que mal’. E eu digo que Satanás tem você exatamente onde ele quer. ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida’, essas são as palavras mais verdadeiras já ditas.”
