O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, por unanimidade, a denúncia contra o deputado Pastor Gil (PL-MA) e outros parlamentares do Partido Liberal, tornando-os réus em um processo que investiga o desvio de emendas parlamentares. A decisão foi tomada pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o deputado e seus correligionários Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) de envolvimento em um esquema de corrupção passiva e organização criminosa. Segundo a denúncia, entre janeiro e agosto de 2020, os parlamentares teriam solicitado R$ 1,6 milhão em propina ao então prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Sampaio Nunes, para liberar R$ 6,6 milhões em emendas.
O nome de Pastor Gil surge no caso como parte do grupo que, segundo a PGR, negociava a liberação de recursos em troca de vantagens indevidas. A investigação aponta que há indícios consideráveis de corrupção passiva, incluindo transferências bancárias suspeitas e mensagens trocadas entre os envolvidos.
Com a decisão do STF, Pastor Gil agora responde a uma ação penal, onde serão colhidas provas e ouvidas testemunhas. O processo segue sem prazo definido para julgamento. O deputado ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.