A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob o governo Lula, manteve a bandeira tarifária no patamar vermelho 1 para julho, mesma categoria vigente em junho. O anúncio, feito em 28 de junho, implica acréscimo de R$ 4,50 (valor atualizado) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos nas contas de energia.
Contexto decisivo
A medida reflete a continuidade de chuvas abaixo da média em todo o território nacional, reduzindo a geração hidrelétrica. “Este cenário eleva os custos de produção, exigindo maior ativação de fontes complementares mais onerosas, como termelétricas”, explicou a Aneel em comunicado.
Funcionamento das bandeiras
Criado em 2015, o sistema sinaliza mensalmente o custo variável da energia no Sistema Interligado Nacional (SIN):
Verde: sem acréscimo;
Amarela: acionada quando há pressão moderada nos custos;
Vermelha (patamar 1 ou 2): aplicada em situações críticas, com valores diferenciados conforme a severidade.
Impacto e orientações
A agência reforçou que a bandeira vermelha reforça a necessidade de “conscientização e uso responsável da energia”, lembrando que a economia contribui para “preservação de recursos naturais e sustentabilidade do setor”. Estima-se que o acréscimo represente aumento médio de 3% a 5% nas contas residenciais, variando conforme consumo.
Historicamente, o patamar vermelho 1 foi acionado em 7 dos últimos 12 meses, refletindo a persistência de condições climáticas adversas.
Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) indicam que os reservatórios das principais hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste operam com 35,8% da capacidade em junho/2024, abaixo dos 45,6% registrados no mesmo período de 2023.
A próxima revisão tarifária ocorrerá em 26 de julho, considerando projeções hidrológicas e custos operacionais.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 1, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, diz a Aneel, segundo a Agência Brasil.