A psicóloga Marisa Lobo Franco Ferreira Alves emitiu nota pública condenando comentários direcionados à filha de 5 anos da apresentadora Ana Paula Siebert e do empresário Roberto Justus.
Os comentários, atribuídos por Lobo a um professor universitário, também psicólogo, e endossados por outra profissional, ocorreram na última semana.
Em sua declaração, Lobo classificou os ataques como “discurso de ódio” inadmissível, antiético e criminoso. Ela enfatizou que, em um país que ainda enfrenta desafios para garantir direitos básicos das crianças – como integridade emocional, proteção contra violência e respeito à dignidade humana –, é grave que tal ataque parta de profissionais que deveriam promover saúde mental.
Lobo citou especificamente um comentário que, segundo ela, sugeriu de forma jocosa o uso de uma “guilhotina” como solução para a situação envolvendo a criança. A psicóloga argumentou que tal manifestação não pode ser considerada opinião, piada ou provocação ideológica, configurando, em sua avaliação, discurso violento.
A psicóloga fundamentou sua condenação em três instrumentos legais e éticos:
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/1990), que garante proteção integral à criança.
A Constituição Federal.
O Código de Ética Profissional do Psicólogo, que exige atuação com responsabilidade social e respeito à dignidade humana, especialmente com grupos vulneráveis como crianças.
Marisa Lobo afirmou que o episódio “fere todas as crianças brasileiras”, transcendendo o caso específico. Ela expressou preocupação de que a aceitação de ataques ideológicos contra crianças representaria uma falha coletiva da sociedade e dos profissionais de saúde mental.
A psicóloga também mencionou em seu artigo para o Guiame que, como ativista que se declara defensora da infância, da família e de valores cristãos, enfrenta frequentemente tentativas de desqualificação por parte de “militantes ideológicos”.
Em seu apelo final, Lobo convocou “psicólogos, educadores, profissionais da saúde, líderes sociais, religiosos e cidadãos” a se unirem pela proteção da infância, independentemente de crenças ou posições políticas. Ela defendeu que “crianças não podem ser usadas como instrumento de disputa ideológica” e que a infância “deve ser protegida, cuidada e respeitada”.
Lobo reafirmou seu compromisso com a ética psicológica, com “princípios cristãos de dignidade e amor ao próximo” e com o que definiu como “defesa inegociável dos direitos da criança e da família”.