Um vídeo gravado em 22 de maio de 2017 voltou a ganhar destaque nas redes sociais nesta semana. A gravação mostra o norte-americano Charlie Shamp, que se identifica como profeta cristão, declarando que Deus impediria o Brasil de seguir o mesmo caminho da Venezuela. A mensagem foi pronunciada durante um culto realizado em Brasília, com orações e declarações de natureza espiritual.
Segundo Shamp, haveria uma tentativa de influência espiritual maligna por meio da corrupção, semelhante ao que, segundo ele, teria ocorrido na Venezuela. “O Senhor falou para mim que o Brasil não terá o mesmo destino que a Venezuela”, afirmou o pregador. Ele também declarou que Deus removeria os líderes que estavam no poder à época e fecharia “essa porta espiritual” antes que o mal se estabelecesse no país.
Durante a pregação, o norte-americano também falou sobre uma suposta restauração divina no Brasil. Ele mencionou que haveria prosperidade financeira e revelações a respeito de ações ocultas nos bastidores do poder. “O Senhor diz: vou restaurar os anos que o gafanhoto tem comido”, disse Shamp, em referência à passagem bíblica de Joel 2:25, frequentemente usada em contextos de restauração espiritual e material.
A profecia incluía ainda menções a um avivamento religioso, com igrejas cheias, pessoas sendo impactadas em bares e o Espírito Santo se movendo pelo país. “Um vento impetuoso soprará novamente”, declarou Shamp, prevendo um “mover fresco” do Espírito nas ruas, escolas e residências. Ele também mencionou uma “grande colheita de almas” e o surgimento de líderes conforme o “coração de Deus”.
O vídeo, originalmente gravado em 2017, foi editado com imagens de Lula sendo escoltado por policiais durante investigações da Operação Lava Jato, embora o trecho não tenha relação direta com as declarações do pregador. A reaparição da gravação ocorre em meio a discussões nas redes sociais que relacionam eventos políticos e econômicos recentes a possíveis cumprimentos da profecia.
Charlie Shamp é conhecido por fazer declarações proféticas em diversos países, geralmente durante cultos e conferências cristãs. A repercussão do vídeo reflete tanto a influência de discursos religiosos no debate público quanto a forma como mensagens antigas são reinterpretadas à luz de acontecimentos atuais.