No culto da última quinta-feira, 21 de agosto, realizado na sede da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), no Rio de Janeiro, o pastor presidente Silas Malafaia voltou a se pronunciar após ser alvo de operação da Polícia Federal. Ele utilizou parte da mensagem para criticar medidas judiciais e defender sua atuação pública.
Malafaia ironizou os comentários feitos sobre áudios de sua conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, nos quais utilizou palavras de xingamento: “Vai cuidar da sua vida! […] O que o vazamento trouxe? A minha integridade e honestidade de falar o que eu penso. Artigo 5, inciso 10. É inviolável o sigilo das pessoas”, afirmou.
O pastor também contestou a decisão judicial que determinou a apreensão de seu passaporte. “Covardia da perseguição e da maldade. Apreendem meu passaporte, eu estou sendo investigado, eu não estou indiciado. Como é que prendem um passaporte de um líder religioso respeitado?”, questionou diante dos fiéis.
Cadernos de pregação
Durante o culto, Malafaia relatou que cadernos pessoais de pregação foram recolhidos pela Polícia Federal. “O ministro, já digitalizou os cadernos? Me devolve. Será que pode ter alguma questão teológica que eu queira dar um golpe? Talvez sirva para alguém da PF aceitar a Cristo”, declarou.
O líder evangélico rejeitou qualquer ligação com processos que investigam Jair e Eduardo Bolsonaro. “Mas ele [Moraes] escolheu o cara errado. Eu não tenho medo de ser preso, não tenho medo de nada disso. Com todos os meus defeitos e limitações, eu sou um ungido de Deus. Ele escolheu o cara errado para tocar. Em nome de Jesus, esse homem vai ser julgado pelas leis do país e pelas leis de Deus e ele vai cair”, disse, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Ao final, Malafaia expressou receio de que, segundo ele, a perseguição política que afirma estar sofrendo se converta em perseguição religiosa: “Como acontece em outros países”, alertou, de acordo com o Pleno News.