Crime ocorreu diante das filhas do casal e chocou a comunidade de Lauro de Freitas.
A violência transformou uma noite em pesadelo e deixou marcas que nenhuma família carregar. Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, foi assassinada pelo próprio marido, Ramon de Jesus Guedes, a golpes de marreta, enquanto suas duas filhas assistiam, impotentes, à cena que ninguém deveria presenciar. O crime aconteceu no dia 19 de agosto de 2025, no apartamento da família em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, e levou a Justiça a decretar a prisão preventiva do acusado.
Brutalidade registrada no local
Policiais militares encontraram Laina caída no interior do imóvel com múltiplos ferimentos na cabeça. Ao lado do corpo, estava a marreta usada para cometer o feminicídio. As filhas do casal, uma adolescente e uma criança de 5 anos, presenciaram toda a violência.
Em depoimento, Ramon admitiu o ataque e afirmou ter perdido o controle durante uma discussão com a companheira. Após a agressão, tentou fugir pulando da varanda do quarto andar, mas caiu e se feriu antes de ser socorrido pelo SAMU.
Justiça mantém prisão preventiva
O Ministério Público destacou a gravidade do delito e a periculosidade do acusado, considerando a brutalidade do ataque e a presença das filhas durante o homicídio. Com base nisso, a Justiça concluiu que medidas cautelares alternativas não seriam suficientes e determinou a manutenção da prisão preventiva de Ramon.
Imagens chocantes e desespero da vizinhança
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o homem atingindo a vítima com mais de 15 golpes na sacada do apartamento. Laina aparece correndo para a varanda em busca de ajuda, enquanto o agressor tenta fugir pela janela. Moradores tentaram intervir, e a filha mais velha se feriu ao tentar proteger a mãe e a irmã mais nova.
A Polícia Militar informou que Laina chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal de Cajazeiras, mas não resistiu aos ferimentos. Ramon foi levado para outra unidade de saúde e, em seguida, autuado em flagrante por feminicídio na 27ª Delegacia Territorial de Itinga.
Reflexão dolorosa
Este caso é um lembrete cruel de que a violência doméstica continua sendo uma realidade urgente a ser enfrentada. A dor das filhas, o sofrimento da comunidade e a perda irreparável de Laina reforçam a necessidade de prevenção, proteção e justiça rápida. É um alerta de que nenhum lar deve ser palco de terror, e que a proteção das mulheres e crianças deve ser prioridade sempre.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Reprodução/Redes Sociais