O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou no dia 09 de setembro o compromisso de seu governo com a liberdade religiosa e destacou o papel histórico da fé cristã no país. O discurso ocorreu durante a segunda reunião da Comissão de Liberdade Religiosa da Casa Branca, realizada no Museu da Bíblia, em Washington, diante de cerca de 500 pessoas.
Trump declarou que seu governo tem adotado medidas contra o que descreveu como esforços para reduzir a influência do cristianismo na vida americana, especialmente nas escolas públicas. “Quando a fé enfraquece, nosso país parece enfraquecer. Quando a fé se fortalece, como agora… coisas boas acontecem para o nosso país”, disse. Ele acrescentou: “Somos uma nação sob Deus e sempre seremos”.
A comissão foi criada por decreto executivo em maio e é presidida pelo vice-governador republicano do Texas, Dan Patrick. Entre seus integrantes estão Franklin Graham, Paula White, Ben Carson, Eric Metaxas e os cardeais Timothy Dolan e Robert Barron. “Para ter uma grande nação, é preciso ter religião”, declarou Trump ao lado dos membros.
O presidente também criticou declarações recentes do senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, que afirmou considerar “preocupante” a ideia de que os direitos humanos derivam de Deus e não do governo. Trump afirmou: “A necessidade desta comissão nunca foi tão clara”. As falas de Kaine já haviam sido criticadas pelo senador republicano Ted Cruz e pelo bispo Robert Barron.
No discurso, Trump anunciou que o Departamento de Educação deve emitir novas diretrizes para garantir a liberdade de oração em escolas públicas. Ele citou o caso de Hannah Allen, estudante do Texas que teria sido punida por organizar uma oração, e apresentou Shea Encinas, de 12 anos, que relatou ter sido obrigado a ler um livro de ideologia de gênero quando estava na quinta série.
O presidente também afirmou ter “acabado com o uso da lei como arma contra fiéis religiosos e perdoado os ativistas pró-vida presos”, declaração que recebeu aplausos no auditório. Ao lado da procuradora-geral Pam Bondi, Trump acusou o governo de Joe Biden de ter sido “especialmente cruel” em relação a comunidades religiosas.
A cerimônia incluiu ainda uma oração conduzida por Scott Turner, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que rededicou a nação a Deus em preparação para o 250º aniversário da independência americana, a ser celebrado em 04 de julho de 2026.
Trump encerrou conclamando líderes religiosos e comunidades de fé a participarem da iniciativa America Prays, promovida pela Casa Branca. “No ano que vem, celebraremos 250 anos desde a assinatura da Declaração. Como parte da grande comemoração… convidamos as grandes comunidades religiosas dos Estados Unidos a orar por nossa nação, por nosso povo e pela paz no mundo”, afirmou, de acordo com o The Christian Post.