O pastor e teólogo Sezar Cavalcante criticou, nesta semana, a crescente veneração a Israel em setores evangélicos, durante uma de suas análises teológicas. Segundo ele, a valorização da Terra Santa não pode se transformar em adoração, sob o risco de desviar o sentido bíblico da fé.
Cavalcante destacou que Israel tem importância histórica e simbólica, mas ressaltou que esses elementos não devem se sobrepor à centralidade de Cristo. “Confundir respeito com culto gera uma idolatria disfarçada de devoção”, afirmou, acrescentando que tal prática mistura política e espiritualidade.
O teólogo reforçou que a devoção cristã deve permanecer centrada em Deus. Ele advertiu que a fusão entre símbolos nacionais e promessas divinas pode levar a um sincretismo religioso com conotação política.
Com base em Romanos 10, Cavalcante explicou que, para o apóstolo Paulo, os judeus só podem alcançar a salvação ao reconhecerem Jesus como único e suficiente Salvador. “Sem isso, não há salvação”, disse.
Ele também citou Ezequiel 36, afirmando que a antiga aliança foi rompida. Para Cavalcante, o novo pacto estabelecido por Deus não se restringe a uma etnia, mas se estende à Igreja, formada por todos os que se submetem à vontade divina. “Historicamente, o povo de Deus são aqueles que se submetem à vontade de Deus. Para o judeu ser realmente povo de Deus, precisa aceitar a Nova Aliança, ser batizado e receber Jesus como Salvador”, concluiu, de acordo com a rádio Exibir Gospel.