Na Holanda, após o início das aulas há algumas semanas, um grupo de mães e uma avó chamou atenção ao percorrerem o prédio de uma escola fazendo orações e declarando bênçãos em cada sala de aula antes do início do ano letivo.
A ação ocorreu no PCBS De Parel, em ‘t Harde, na província de Gelderland, onde o diretor da escola, Wouter Gaillard, considerou a oração das mulheres preciosa:
“Somos uma escola com espaço para a liberdade religiosa. Afinal, ensinamos 14 turmas diariamente e podemos ser um espaço seguro”, disse ele à Revive.
O grupo de oração, ativo há quase 11 anos, se reúne duas vezes por mês. Para Gaillard, manter a oração na rotina escolar é essencial.
“Vivemos em um mundo acelerado. A oração é indispensável para manter um relacionamento com Deus. É importante que sejamos exemplos para as crianças e os pais. É encorajador que haja pais que reservem um tempo para orar por nós”, afirmou ele.
A atuação do grupo de oração na escola
Annejet, uma das mães do grupo, faz parte da iniciativa desde 2014, quando começou com apenas algumas mães. Ao longo dos anos, a composição mudou, mas a perseverança fez o grupo crescer. Hoje, são 10 mães e uma avó.
“Durante muito tempo, éramos apenas duas, mas continuamos a orar por novos membros”, contou ela.
Annejet observou que a presença do grupo tornou a oração mais “viva” dentro da escola: “Desde o ano passado, o grupo de oração tem investido fortemente no relacionamento com os professores e com as crianças”.
Além de orarem pelas salas de aula, o grupo deixou cartões para os professores, que relataram que estão se sentindo fortalecidos e gratos.
“É encorajador saber que há alguém orando por nós, porque realmente precisamos delas como equipe”, afirmaram alguns professores.
A líder contou que, muitas vezes, as mães do grupo são informadas sobre as respostas de suas orações: “É maravilhoso que, como grupo de oração, possamos agradecer pelas orações atendidas. Mas mesmo que não vejamos os resultados ou não recebamos nada dos professores, ainda sabemos que precisamos permanecer fiéis na oração. Os professores precisam disso, e as crianças, é claro”.
Alguns pedidos de oração costumam ser enviados por professores através de e-mails, onde explicam a situação de algumas crianças e famílias.
“Por exemplo, pode haver uma doença na família, um falecimento ou crianças com necessidades especiais. Oramos para que a escola seja um lugar seguro para eles, onde possam crescer e se desenvolver. Também oramos para que se divirtam conhecendo a nova turma, que se sintam confortáveis e, basicamente, por tudo o que estiver na agenda durante esse período”, explicou ela.
O grupo dedica atenção especial a cada criança pelo nome, incluindo professores e equipe de apoio, sempre respeitando normas de privacidade.
“É claro que sabemos que Deus conhece a todos, mas somos uma escola que defende o lema ‘cada criança é amada e queremos ser vistas, cada criança é uma pérola nas mãos de Deus’. E, dessa forma, também queremos ‘vê-los’ em oração e levá-los a Deus. Achamos isso muito especial”, relatou Annejet.
‘Declaramos bênçãos’
À medida que o grupo cresce, cada vez mais pais contribuem com ideias sobre como conscientizar a comunidade sobre o grupo de oração. Iniciativas como orar pela escola na noite anterior ao início do ano letivo e outras estão surgindo.
“Visitamos todas as salas de aula, mas também a diretoria, a sala dos professores, o ginásio e até os banheiros. Oramos especificamente pelo que vai acontecer naquela sala no ano seguinte. Declaramos uma bênção em cada sala de aula sobre cada professor e as crianças. Sentimos que era muito especial poder fazer isso e que a escola também nos deu essa liberdade”, afirmou Annejet.
Os pedidos de oração. (Foto: Reprodução/Revive)
Uma das iniciativas também envolve as próprias crianças, que podem enviar pedidos de oração em uma caixa no salão da escola.
“Esperamos que isso semeie algumas sementes e facilite para as crianças a compreensão da oração como algo que também está disponível para elas. É maravilhoso que as crianças estejam abertas à oração”, disse ela.
Sobre a caixa de oração, Annejet contou: “Estava lotada, inclusive com desenhos feitos por crianças pequenas. Foi emocionante”.
O trabalho discreto, mas constante, tem chamado atenção de outros pais e escolas: “Quando falo com as pessoas sobre isso, elas me dizem o quanto acham especial, e isso as inspira a criar um grupo de oração na escola delas também”, concluiu Annejet.
