Empresa do ramo de entretenimento em RO e AC deixa lacuna num cenário já abalado.
Mergulha uma dor silenciosa no ambiente empresarial, e nas vidas daqueles que conviveram com Gilberto Nunes de Souza: o “Pequeno”. A notícia de que ele foi encontrado morto numa chácara em Goiás chega como um choque: um homem de 54 anos, que ainda carregava sonhos, planos e dívidas, mas principalmente vínculos afetivos, amanheceu inerte, sem voz para pedir ajuda, sem chance para dizer adeus.
Foi na madrugada desta quarta-feira (15), que o corpo de Gilberto foi descoberto em uma propriedade rural na região de Goiânia (GO). Segundo apurações iniciais, ele sofrera um disparo na cabeça, e uma arma foi encontrada ao lado: circunstâncias que impõem inúmeras perguntas ainda sem resposta à Polícia Civil de Goiás.
Trajetória e presença marcante em RO e AC
Baiano de origem, mas porto-velhense de coração, “Pequeno” construiu uma história de presença nos dois estados. Seus empreendimentos em Rondônia e no Acre o projetaram além do entretenimento local: ele arrematou o comando da casa de eventos Talismã 21 em Porto Velho, arrendando o espaço no início do ano. Em sendo uma casa de shows de referência, seu papel não era apenas de empresário, mas de formador de pólos culturais.
Nos últimos meses, porém, relatos de pessoas próximas apontavam para o isolamento voluntário de Gilberto; ele vinha se distanciando de amigos e familiares, reduzindo contato e visibilidade pública. Alguns sites mencionam que ele enfrentava um episódio de depressão severa, especialmente após repercussões negativas que afetaram a reputação de seus negócios, além de crises financeiras
Depois do lamentável episódio que envolvendo uma festa de Réveillon em Porto Velho, cancelada após um acidente que resultou em vítimas: as operações da Talismã 21 teriam sido fortemente abaladas, multiplicando pressão sobre o empresário.
O cenário da investigação
As autoridades de Goiás já isolaram o local para perícia e confirmaram a coleta de vestígios periciais e exames no local. O Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia deve realizar a necropsia para determinar a causa exata da morte e o trajeto do projétil.
Até o momento, não há confirmação oficial se se trata de suicídio, homicídio ou acidente, embora a presença da arma ao lado do corpo instigue especulações entre as hipóteses.
A família e os amigos aguardam ansiosamente informações sobre o traslado do corpo para Porto Velho, onde está previsto o velório e o sepultamento, mas ainda não há definição dos detalhes.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação