Bispos da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia divulgaram uma carta aberta afirmando que a paz vai além da interrupção das hostilidades, enquanto o acordo de paz entre Israel e Palestina tem início de forma provisória. A bispa Kaisamari Hintikka, da diocese de Espoo, escreveu: “Como cristãos, acreditamos que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas a presença de Cristo”.
Hintikka acrescentou que as decisões cotidianas influenciam o caminho coletivo: “Sempre podemos escolher entre a paz e o conflito, o amor e a inimizade. Essas pequenas escolhas que fazemos todos os dias também contam”.
O cientista político John Heathershaw avaliou que o contexto do Oriente Médio requer disposições espirituais profundas por parte dos envolvidos. Segundo ele, “de uma perspectiva cristã, isso exige arrependimento por parte daqueles que cometeram violência e perdão mútuo”. Heathershaw ponderou que “são exigências muito, muito grandes neste contexto”.
No debate público, lideranças políticas apresentaram leituras distintas sobre o momento. Donald Trump declarou ter “encerrado 3.000 anos de conflito” com o acordo de paz, enquanto o primeiro-ministro Keir Starmer reconheceu que alcançar uma paz duradoura “não é um desafio pequeno”.
No terreno, persistem sinais de tensão. Em Gaza, cresce a ansiedade de que o cessar-fogo possa ser comprometido, após a Defesa Civil Palestina relatar que o Hamas executou civis acusados de colaborar com Israel, além de sete pessoas terem sido baleadas supostamente pelas IDF desde a entrega de reféns.
Conforme informado, centenas de palestinos foram devolvidos em troca de 20 reféns vivos do dia 7 de outubro, enquanto os corpos de até 24 reféns mortos ainda não foram entregues às forças israelenses.
De acordo com o Premier Christian News, os bispos finlandeses defendem uma mudança cultural profunda a partir deste período de transição, indicando que a pacificação demanda transformação pessoal e comunitária. Na carta, resumem: “A paz é um estado a ser buscado, um modo de vida que flui do coração do indivíduo para as comunidades e, finalmente, para o mundo inteiro”.