Embora o cessar-fogo em Gaza tenha trazido um breve alívio à população, a situação permanece frágil e instável. Segundo Chris (pseudônimo), que atua junto a parceiros da Missão Portas Abertas nos Territórios Palestinos, os cristãos continuam abrigados em duas igrejas na Cidade de Gaza, aguardando os próximos desdobramentos. “As fronteiras continuam fechadas, então eles não podem sair de Gaza”, relatou.
Chris descreveu um cenário de medo constante entre os fiéis. “Eles estão muito assustados porque a situação de segurança é muito difícil”, afirmou. Desde o início da guerra, há dois anos, após o ataque do grupo Hamas a Israel, a maioria dos cristãos refugiou-se em complexos religiosos, buscando proteção contra os confrontos.
“Estamos em contato contínuo com nossos irmãos e irmãs nas duas igrejas em Gaza”, contou Chris, explicando que o grupo tem recebido apoio financeiro para alimentação e suprimentos básicos por meio de organizações parceiras.
Cristãos refugiados em igrejas
De acordo com Chris, cerca de 600 pessoas estão abrigadas nas duas igrejas, entre elas crianças, idosos, enfermos e pessoas com deficiência. As congregações têm oferecido ajuda humanitária dentro de suas possibilidades, com o apoio de instituições cristãs que mantêm presença na região.
Além desses, há aproximadamente 40 cristãos vivendo no sul da Faixa de Gaza, aguardando a reabertura das fronteiras. “Eles esperam poder deixar Gaza em busca de segurança e proteção em outros países”, explicou.
Apesar das dificuldades, Chris relatou que a fé permanece viva entre os cristãos locais. “Eles continuam orando, não desistiram, ainda sentem esperança de um futuro melhor. Por causa do apoio recebido e dos laços de amizade com vizinhos muçulmanos e comerciantes locais, ainda têm acesso limitado a comida, água e combustível”, disse. Ele acrescentou que muitos fiéis continuam ajudando famílias muçulmanas necessitadas, mantendo gestos de solidariedade mesmo diante da escassez.
Pedido de oração
Chris fez um apelo à comunidade cristã internacional. “Orem pela continuidade da presença cristã nesta parte difícil do mundo. Gaza precisa do sal e da luz que emanam das igrejas e das pessoas que as frequentam”, declarou.
Entre os pedidos de oração, ele destacou:
- Pelos doentes, que enfrentam falta de medicamentos e atendimento médico;
- Pelos cristãos abrigados nas igrejas, para que encontrem um lar seguro e estabilidade;
- E para que, mesmo em meio às tensões, mantenham firme a confiança em Cristo, testemunhando fé e amor a todos os que os cercam.