O pastor Rocky Goodwin, de 87 anos, fundador do Evangelistic International Ministries (EIM) e líder da Calvary Baptist Church, na cidade de Warren, estado de Arkansas (EUA), foi considerado inocente de todas as acusações relacionadas à posse e distribuição de material ilegal envolvendo menores.
O veredito foi proferido após um julgamento com júri realizado entre 29 e 30 de outubro, no Tribunal do Condado de Bradley, segundo registros oficiais.
Goodwin havia sido preso em 15 de agosto de 2024 pela Polícia Estadual do Arkansas, sob a acusação de possuir e compartilhar conteúdo sexualmente explícito envolvendo crianças. A prisão ocorreu após uma denúncia encaminhada ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, o que levou as autoridades a cumprir um mandado de busca em sua residência.
Durante a operação, os agentes apreenderam um laptop que, segundo o Departamento de Segurança Pública do Arkansas, continha imagens e histórico de navegação associados a material de abuso infantil.
Defesa alegou contaminação digital
Durante o julgamento, a promotoria apresentou arquivos de áudio e vídeo como evidências, mas reconheceu que o equipamento estava infectado por malware. A defesa sustentou que o conteúdo teria sido inserido por meio desse vírus, destacando a limitação do réu no uso de computadores.
“Sabíamos da incapacidade do meu pai de usar um laptop. Ele simplesmente não conseguia”, afirmou Mike Goodwin, filho do pastor e atual presidente do Evangelistic International Ministries, em entrevista à emissora THV11. “Entregamos tudo nas mãos do Senhor e sabíamos que ele não era culpado. Então, só lágrimas de ‘obrigado, Jesus’.”
Segundo a defesa, o Estado não conseguiu comprovar que Goodwin estivesse em casa no momento em que os supostos crimes teriam ocorrido. Testemunhos e registros de viagem indicaram que ele estava fora do estado em diversas ocasiões durante o período investigado.
Reintegração ao ministério
Em comunicado divulgado à imprensa, o Evangelistic International Ministries descreveu o processo como um “período doloroso” para a família e para a comunidade religiosa que acompanha o trabalho do pastor.
“O Estado não conseguiu provar que o irmão Rocky estava presente em sua casa no momento dos supostos crimes. A defesa apresentou provas convincentes de que ele viajou para fora do estado em diversas ocasiões durante o período em questão. Além disso, o Estado reconheceu que o laptop estava comprometido por vírus e malware, lançando dúvidas sobre a integridade das provas digitais”, afirmou a organização.
Após o julgamento, o ministério anunciou que Rocky Goodwin foi reintegrado ao cargo de diretor executivo (CEO) da instituição. “Com louvor a Deus e profunda alegria, o Conselho de Administração do Evangelistic International Ministries reintegrou oficialmente Rocky Goodwin como Diretor Executivo, com efeito imediato”, declarou o comunicado emitido em 02 de novembro, de acordo com o The Christian Post.








































