O pastor Samuel Ferreira admitiu, durante um programa ao vivo na Rádio Mais FM,que sempre pregou uma interpretação escatológica que não conta com respaldo textual nas Escrituras.
O debate sobre escatologia ocorreu na emissora, que é ligada à Assembleia de Deus do Brás, em São Paulo. O tema central foi a escatologia — o estudo dos acontecimentos relacionados ao fim dos tempos nas Escrituras cristãs.
Durante a transmissão, o convidado Sezar Cavalcante apresentou sua interpretação de que a Igreja passará pela tribulação e afirmou que a Bíblia não descreve o período como dois blocos de três anos e meio, como algumas tradições costumam interpretar.
Após ouvir a explicação, Samuel reagiu com bom humor: “Preguei errado a vida inteira”, disse, provocando risos entre os presentes no estúdio. A declaração repercutiu entre os ouvintes do programa, que é conhecido por reunir pastores e estudiosos para debater doutrinas e temas teológicos de forma acessível ao público cristão.
Correntes escatológicas
A escatologia cristã abrange diferentes correntes de pensamento sobre o arrebatamento e a tribulação — temas amplamente discutidos entre estudiosos e igrejas. As principais posições são o pré-tribulacionismo, pós-tribulacionismo, mesotribulacionismo, amilenismo e pós-milenismo, cada uma oferecendo uma leitura distinta dos textos bíblicos sobre o fim dos tempos.
O pré-tribulacionismo ensina que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação, sendo poupada dos julgamentos descritos no livro do Apocalipse. Já o pós-tribulacionismo sustenta que os cristãos enfrentarão a tribulação e somente depois serão arrebatados, em um evento ligado à segunda vinda de Cristo.
O mesotribulacionismo propõe que o arrebatamento ocorrerá no meio da tribulação, após a primeira fase de sofrimento humano. O amilenismo, por sua vez, interpreta o milênio como um período simbólico e espiritual, já em andamento, enfatizando a vitória de Cristo sobre o mal. Por fim, o pós-milenismo defende que Cristo retornará após um longo período de paz e crescimento espiritual promovido pela Igreja.
Essas perspectivas refletem a diversidade teológica dentro do cristianismo contemporâneo e continuam sendo discutidas em fóruns acadêmicos e eclesiásticos, como o programa da Rádio Mais FM.









































