O Exército dos Estados Unidos iniciou a elaboração de planos de ação militar na Nigéria após uma determinação do presidente Donald Trump, que ordenou ao Pentágono preparar possíveis medidas de intervenção no país africano. Segundo fontes oficiais citadas pela imprensa americana, o objetivo seria proteger comunidades cristãs diante de ataques promovidos por grupos terroristas islâmicos.
Os planos começaram a ser formulados após Trump declarar, no último fim de semana, que considerava uma intervenção militar para conter o que classificou como “violência contra cristãos queridos”. De acordo com analistas, o conflito nigeriano envolve disputas territoriais e étnicas, resultando em milhares de mortes tanto entre cristãos quanto muçulmanos.
Autoridades militares afirmaram que uma operação desse tipo seria complexa e de alcance limitado, a menos que os Estados Unidos estivessem dispostos a realizar campanhas de larga escala, semelhantes às do Iraque e do Afeganistão — hipótese considerada improvável no momento.
Entre as possibilidades avaliadas estão ataques aéreos com drones contra bases de grupos extremistas no norte da Nigéria e operações conjuntas com forças nigerianas para combater insurgentes locais. O Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM), sediado na Alemanha, elaborou três propostas de intervenção — classificadas como leve, média e pesada — que foram encaminhadas ao Pentágono para análise.
Segundo o The New York Times, o secretário de Defesa Pete Hegseth respondeu publicamente à ordem presidencial com a mensagem “Sim, senhor” nas redes sociais. O general Dagvin R. M. Anderson, novo comandante do AFRICOM, deverá viajar à Nigéria no próximo mês para discutir medidas de cooperação militar.
Entre os principais responsáveis pelos ataques a civis estão os grupos Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), que têm como alvo tanto cristãos quanto muçulmanos considerados não devotos.
O general aposentado Paul D. Eaton, veterano da guerra do Iraque, alertou que uma eventual ação americana na Nigéria poderia se tornar “um fiasco”, comparando o esforço militar a “bater em um travesseiro”, expressão usada para ilustrar o baixo impacto estratégico e o alto custo humano e político de uma operação desse tipo.








































