Em declaração proferida durante reunião ministerial no domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou sua posição contrária ao estabelecimento de um Estado palestino. A afirmação ocorre em meio a discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre proposta de resolução referente à situação em Gaza.
Netanyahu afirmou que a posição de seu governo “não mudou nem um pouco” quanto à questão da soberania palestina, argumentando que tal medida poderia facilitar a expansão do grupo Hamas nas proximidades das fronteiras israelenses.
O posicionamento se mantém despite as pressões diplomáticas internacionais e uma proposta norte-americana que inclui disposições sobre a independência palestina.
Os Estados Unidos apresentaram um texto ao Conselho de Segurança que prevê um mandato para força internacional de estabilização em Gaza. A proposta sofre resistência de Rússia, China e nações árabes.
Em revisão posterior, os norte-americanos incorporaram linguagem mais explícita sobre autodeterminação palestina e mencionaram o plano do ex-presidente Donald Trump como base potencial para a formação de um Estado palestino.
Paralelamente, a Rússia circulou proposta alternativa com termos mais contundentes em defesa da criação do Estado palestino. A comunidade internacional geralmente considera a solução de dois Estados como o caminho mais viável para a resolução do conflito.
No plano doméstico de Israel, Netanyahu enfrenta cobranças de aliados de governo por uma postura mais rigorosa. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, manifestou-se publicamente exigindo resposta firme ao reconhecimento do Estado palestino por países ocidentais: “Formule uma resposta adequada e firme que deixe claro ao mundo inteiro que nenhum Estado palestino surgirá nunca em nossa pátria”.
Em resposta, Netanyahu afirmou que “não precisa de lições” sobre o assunto. Outros membros do gabinete israelense, incluindo o ministro da Defesa Israel Katz e o chanceler Gideon Saar, também se manifestaram contrariamente à criação de um Estado palestino.
Saar declarou não concordar com “o estabelecimento de um Estado palestino terrorista no coração da terra de Israel”, enquanto o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, referiu-se à identidade palestina como “invenção”. Com: Oeste.







































