A declaração de Ed René Kivitz contra o evangelismo de jovens na USP continua repercutindo no meio evangélico. Pastores conservadores vieram a público nas redes sociais para refutar o ex-pastor presidente da IBAB.
Pedro Pamplona, pastor da Igreja Batista Filadélfia, em Fortaleza (CE), pontuou que o evangelismo é uma das características fundamentais do cristianismo, o que torna a oposição de Kivitz um ataque à fé cristã: “É triste ver um dito pastor tão influente chamar a prática e celebração pública de fé em teatro religioso. Triste ver alguém subir num púlpito para afirmar que nossas práticas de fé devem ficar apenas em âmbito privado. Esse é o discurso do secularismo que vem direto do inferno”.
Pamplona recusa a hipótese de Kivitz fazer afirmações como essas de maneira descuidada por entender que há “método” da parte dele “nessas mensagens e cortes”, e acrescenta o distanciamento da Bíblia Sagrada: “Uma fala como essa ignora propositalmente todo o livro de Atos, cheio de pregações e práticas públicas de fé. Ignora totalmente o que Paulo fez no areópago em Atos 17. Aquele era o centro de discussões filosóficas da época, um paralelo direto com as universidades de hoje”.
“Se a orientação de Kivitz for seguida pelas igrejas o cristianismo desapareceria […] Confinar práticas e celebrações de fé a ambientes privados e excluir essas manifestações cristãs da esfera pública é a estratégia do diabo para apagar o cristianismo da história e trazer o caos do secularismo. Nunca foi o a ideia do Reino. É a ideologia do inferno. Teatro religioso é subir no púlpito para espalhar ideologias humanas e não pregar a palavra de Deus!”, exclamou o pastor cearense.
Outro pastor a se posicionar contra esse discurso foi Franklin Ferreira, que classificou Kivitz como “um líder religioso amplamente conhecido, embora totalmente distanciado do evangelho bíblico”.
“O episódio evidencia algo incômodo: não raro, são justamente figuras que se apresentam como cristãs, mas que rejeitam pilares fundamentais da fé evangélica, que acabam se tornando alguns dos opositores mais agressivos à expressão pública do próprio cristianismo”, constatou Ferreira.
Jay Bauman, pastor da Primeira Igreja Batista de Orlando, na Flórida (EUA), e que atua com plantação de igrejas no Brasil, foi sucinto: “Não me passa despercebido que, muitas vezes, outros evangélicos parecem ser nossos piores inimigos”.
Nos comentários da publicação de Bauman, alguns usuários do Instagram manifestaram sua reprovação a Kivitz: “Ninguém nem deveria mais considerar esse cara como pastor: as asneiras que ele fala não se escrevem nem em papel higiênico quanto mais ser notória em algum púlpito. Crente que conhece a Bíblia não daria mídia pra ele”, protestou Ricardo Santos.
Por fim, outro internauta, Juliano Souza, fez um contraste entre o discurso que Kivitz adotava há alguns anos: “A melhor pregação do Ed René é ‘templo, sábado, domingo e sacerdote’ em que ele diz que Jesus rasgou o véu, e que nós o adoramos em qualquer lugar. Era do tempo que ele era crente e não militante de esquerda. Se perdeu, infelizmente!”.









































