O ataque dos Estados Unidos ao grupo filiado ao Estado Islâmico (EI) com base no noroeste da Nigéria está sendo visto pelos cristãos da região como uma reação que pode ajudar a combater os extremistas, mas também pode gerar intensificação da perseguição.
No final de outubro, o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou usar sua força militar contra os extremistas em resposta aos ataques enfrentados por cristãos do Norte do país. Na noite de Natal, a promessa foi cumprida.
De acordo com os contatos da Missão Portas Abertas na região, os ataques aéreos atingiram campos de extremistas islâmicos em Jabo, uma comunidade rural na área de governo local de Tambuwal, no estado de Sokoto. Há relatos de várias mortes de militantes do Estado Islâmico durante a ação: “A comunidade atacada é habitada predominantemente por pessoas da etnia fulani e foi identificada como um refúgio para extremistas islâmicos e uma conexão com os estados de Kebbi e Zamfara”, diz a nota da entidade. “Até onde sabemos, não há igrejas na região. As ações militares foram realizadas em colaboração com o governo da Nigéria”, acrescenta o documento.
Um informante da entidade, identificado pelo pseudônimo Jo Newhouse, acredita que a ação pode ajudar no enfrentamento à perseguição enfrentada pelos cristãos na Nigéria, mas diz que pode ter consequências para os seguidores de Jesus: “Esse ataque aéreo pode ter um custo. Contatos do campo disseram que os cristãos em áreas adjacentes têm graves temores de retaliação contra eles, especialmente no Centro-Norte, onde a maioria das mortes de cristãos foi registrada”.
O país ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos: “O noroeste da Nigéria tem sido um refúgio para grupos armados que se alinharam a grupos jihadistas. Pedimos ao governo nigeriano que permaneça vigilante na proteção de civis e evite consequências humanitárias não intencionais”, diz a porta-voz da Portas Abertas.








































