Há pouco mais de um mês, conforme relatou a Portas Abertas, o grupo extremista Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês) atacou a escola Lhubiriha, em Uganda.
Eles mataram ao menos 42 pessoas e os cristãos na região permanecem apreensivos pela possibilidade de novos ataques.
“A igreja ainda está com muito medo, mas temos esperança de que Deus continuará nos guiando”, disse o pastor Mirundu ao explicar que 4 estudantes assassinados eram pastoreados por ele.
‘Ainda que eu morra, ressuscitarei’
Depois da terrível tragédia, mesmo em meio a dor, os jovens sobreviventes se reúnem todos os domingos para cantar perto da escola, músicas que falam sobre a esperança da ressurreição.
“Ainda que eu morra, ressuscitarei”, pode-se ouvir em um dos trechos. A organização explica que o testemunho dos que partiram também estão gerando muito impacto.
Amina, uma cristã de 15 anos, de origem muçulmana, foi uma das estudantes assassinadas. Antes do ataque, ela havia sido expulsa de casa junto com a mãe, por causa da fé em Jesus.
Funeral e conversão
O processo de luto tem sido ainda mais doloroso porque a família descobriu que o corpo sepultado em junho não era de Amina, mas de outra jovem.
Há alguns dias encontraram o corpo verdadeiro na fronteira com a República Democrática do Congo. Os legistas fizeram o reconhecimento de DNA comparado ao da mãe, que confirmou a identidade da jovem.
Por esse motivo, a família decidiu fazer um novo funeral, na igreja onde Amina congregava. Mas eles não imaginavam que o momento de despedida da filha seria o local de nascimento de um novo cristão.
‘Acredito que Jesus vai me guiar’
“Um dos muçulmanos que estava participando do funeral disse que ver tantos radicais matarem estudantes inocentes em nome de Alá fez com que ele questionasse a própria fé.
“O nome do novo convertido não pode ser divulgado por motivos de segurança, já que ele tem sido ameaçado de morte depois que aceitou a Cristo”, disse um parceiro local que participou do velório.
“Me disseram que eu não deveria existir, que serei morto. Tenho medo, como qualquer ser humano, mas acredito que Jesus vai me guiar. Para mim, mesmo que me matem, eu estarei no céu com Amina”, disse o cristão recém-convertido.
O pastor Mirundu pede orações ao concluir: “Deus ainda está no controle. Peço a vocês que continuem orando por nós que congregamos perto das fronteiras de Uganda e próximo às florestas onde o ADF se esconde”.
FONTE: GUIAME