Polícia investiga causas da morte de renomado advogado, referência em defesa penal e direitos humanos.
A comunidade jurídica brasileira acordou em choque nesta quinta-feira (2) com a notícia da morte de Luiz Fernando Pacheco, criminalista de renome e defensor de causas emblemáticas. Aos 55 anos, Pacheco foi encontrado desfalecido em uma rua do bairro de Higienópolis, na zona central de São Paulo, após três dias desaparecido. Colegas e estudantes de direito lamentam a perda de um profissional dedicado, descrito como um verdadeiro mentor e defensor incansável da justiça.
Circunstâncias da morte e investigação
Segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar, Pacheco foi localizado por volta da manhã, em estado de mal súbito, com convulsões e dificuldade respiratória. Acionado, o SAMU o transportou para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia, onde não resistiu. Sem documentos no momento, sua identificação foi confirmada por exame papiloscópico. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas da morte, que ainda incluem hipóteses como mal súbito ou fatores ambientais. Até o momento, não há indícios de crime.
Luto e homenagens da OAB-SP
O presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, emitiu nota oficial: “Perdemos um advogado brilhante, defensor das boas causas, amigo de todos. Dedicou sua vida com paixão, ética e boa fé ao direito de defesa e às prerrogativas dos cidadãos. A ordem está em luto profundo”. A entidade decretou três dias de luto e prepara homenagem em assembleia extraordinária.
Trajetória e legado
Nascido em São Paulo, Pacheco iniciou a carreira em 1994 ao lado de Márcio Thomaz Bastos, ícone da advocacia criminal brasileira. Tornou-se sócio do escritório em 2000 e atuou em casos históricos, incluindo defesas no escândalo do Mensalão. Em 2013, fundou a Luiz Fernando Pacheco Advocacia, boutique especializada em direito penal, direitos humanos e prerrogativas profissionais, reconhecida pelo rigor técnico e ético.
Colegas e admiradores destacam sua generosidade e mentoria. Redes sociais e veículos especializados, como ConJur e Coluna da Mônica Bergamo, registraram o impacto da perda, lembrando sua participação ativa no grupo Prerrogativas e sua dedicação às
A morte repentina de Luiz Fernando Pacheco não apenas deixa um vazio na elite jurídica, mas também reacende a reflexão sobre a pressão e vulnerabilidade enfrentadas por advogados que militam em causas de alto impacto. Mais do que a lembrança de um criminalista brilhante, a perda inspira a valorização da ética, da dedicação e da coragem daqueles que, diariamente, defendem a justiça em suas formas mais essenciais.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação/Redes Sociais