A circulação de um vídeo mostrando o prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos-SP), vendendo amendoim em Praia Grande no domingo (23), gerou ampla repercussão nas redes sociais.
As imagens, que mostram o político caminhando entre quiosques com uma placa de PIX enquanto era filmado por banhistas, contrastam com as investigações de supostos desvios milionários que motivaram seu afastamento do cargo.
O caso que resultou na saída de Rodrigo Manga da prefeitura é alvo da Operação Copia e Cola, conduzida pela Polícia Federal. De acordo com a PF, as investigações apontam indícios de irregularidades em contratos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e da saúde municipal, com valores que atingem R$ 194 milhões.
A corporação informa que existem evidências de recebimento de valores indevidos por parte da direção do autarquia. Com base nessas investigações, a Justiça Federal determinou o afastamento de Rodrigo Manga do cargo em 6 de novembro.
Em nota, a defesa do prefeito afastado contesta as acusações. Os advogados afirmam que “não existe vínculo concreto entre ele e as suspeitas levantadas pela PF” e que “a apuração começou de forma ilegal”. O Superior Tribunal de Justice (STJ) manteve a decisão que impede o retorno de Manga ao mandato até abril de 2026.
Sobre as imagens na praia, Rodrigo Manga se manifestou em suas redes sociais horas após a divulgação do vídeo. Ele afirmou que a iniciativa tinha “caráter solidário” e que a venda de amendoins visava levantar recursos para a ONG Felicidade que Ajuda, entidade que atende crianças com transtorno do espectro autista.
A Polícia Federal também investiga a contratação emergencial de uma organização social para atuar na saúde municipal. Segundo as investigações, existem indícios de desvio de recursos nesse contrato, e Rodrigo Manga é considerado um dos principais alvos desta fase da operação.









































