A ex-assistente social LaToshia Daniels, de 46 anos, foi considerada culpada por homicídio em segundo grau na morte do pastor Brodes Perry, de quem foi amante. Ele liderava a Igreja Cristã Mississippi Boulevard, em Memphis, Tennessee. O crime ocorreu em 2019.
A decisão do júri foi anunciada na sexta-feira, 8 de novembro, após três dias de julgamento. Latoshia, porém, foi absolvida da acusação de homicídio em primeiro grau, o que a livra de uma sentença de prisão perpétua.
De acordo com o jornal The Commercial Appeal, a sentença definitiva será anunciada em 17 de dezembro, quando a Justiça determinará quantos dos 15 a 60 anos de prisão previstos pela legislação estadual ela deverá cumprir. Além do homicídio em segundo grau, Latoshia também foi considerada culpada por colocar outras vidas em risco durante o ataque.
O caso remonta à noite de 4 de abril de 2019, quando Latoshia atirou contra Perry e sua esposa, Tabatha Archie, no apartamento do casal em Collierville, Tennessee. O pastor morreu no local; Tabatha sobreviveu aos ferimentos. Em depoimento no tribunal, Archie afirmou que não sabia do relacionamento extraconjugal entre o marido e Latoshia. Ela contou que conheceu a ré dois anos antes, em uma igreja de Little Rock, Arkansas, onde Perry atuava como pastor de assimilação da Igreja Batista de Saint Mark.
Durante o julgamento, Latoshia declarou que nunca teve a intenção de matar o pastor. “Eu amava Brodes. Eu jamais o machucaria intencionalmente”, afirmou em seu depoimento na quinta-feira, 7 de novembro, segundo a emissora WATN-TV. Ela alegou que o relacionamento começou após uma sessão de aconselhamento pastoral, quando passava por um processo de divórcio.
A promotoria sustentou que o crime foi premeditado, apresentando evidências de que Latoshia comprou a arma usada no ataque poucas horas antes do tiroteio. A ré, entretanto, afirmou que adquiriu o revólver para tirar a própria vida, e não para matar o pastor. Ela era assistente social licenciada e proprietária da clínica The Root Behavioral Health, especializada em controle da raiva.
Nas alegações finais, a promotora Irris Williams lembrou ao júri que Latoshia teria dito a Perry: “Você partiu meu coração” no momento em que atirou. “Ela decidiu matá-lo na porta da própria casa e, no caminho, atirar também na esposa dele”, afirmou Williams. “Se um coração partido fosse desculpa para assassinato, eu não teria emprego”, acrescentou.
A defesa, conduzida pela advogada Lauren Fuchs, apresentou uma narrativa distinta, alegando que Latoshia Daniels também era vítima de manipulação emocional: “Ele [Brodes Perry] vivia um estilo de vida em que traía várias mulheres e continuava sendo visto como pastor e líder espiritual”, afirmou Fuchs. “Latoshia lhe dava tudo o que ele queria, e Tabatha era sua esposa. Ele tirava proveito dessas mulheres e mentia para todas elas.”
De acordo com o The Christian Post, a sentença de Latoshia, prevista para 17 de dezembro, definirá o tempo total de reclusão pelo homicídio em segundo grau e pelas demais acusações.










































