O pastor André Fernandes, líder da igreja Lagoinha Alphaville, localizada em São Paulo, se pronunciou nesta semana após críticas repercutirem nas redes sociais. A comunidade evangélica foi acusada por fiéis de cobrar pelo batismo realizado durante eventos organizados pela denominação.
A polêmica ganhou força após relatos afirmarem que a igreja exigia o pagamento de R$ 80,00 para que fiéis pudessem se batizar. Pastores e teólogos também se manifestaram publicamente contra a prática.
“Cobrar por algo que é sinal da graça de Deus é deturpar o Evangelho na sua essência. O batismo é símbolo de arrependimento, entrega e nova vida em Cristo e não um produto, não um show com pulseira e camiseta. A fé não pode ser gerida como um negócio. Quando isso acontece, o templo vira mercado e, o púlpito, balcão”, declarou o teólogo e pesquisador Rodolfo Capler em 21 de julho.
Em resposta, André Fernandes negou a cobrança e explicou que o valor mencionado não se refere ao batismo em si, mas aos custos logísticos do evento. “A gente nunca cobrou para batizar ninguém. Sei que parece ridículo ter que justificar isso, mas somos atacados por textos mal escritos ou falas soltas de voluntários”, disse o pastor em vídeo publicado em suas redes sociais.
Segundo Fernandes, os R$ 80,00 são destinados à confecção da camiseta usada pelos batizandos e à cobertura parcial da estrutura necessária para realizar o evento com segurança. Ele afirmou que, em edições anteriores, os batismos chegaram a reunir mais de 2.500 participantes, exigindo ampla organização.
O pastor ainda detalhou que a igreja precisa arcar com ambulâncias equipadas com UTI, equipes de enfermagem, sistema de som, telões e câmeras que permitem que os familiares acompanhem a cerimônia, inclusive de forma remota. “Não se trata de cobrar pelo ato do batismo, mas sim de garantir que tudo ocorra com excelência e segurança”, finalizou.