Arqueólogos europeus identificaram parte de um antigo cemitério com esqueletos humanos de cerca de mil anos, na vila de Borkowo, ao norte da Polônia. Os túmulos, datados do século 11, situam-se próximos às ruínas de um antigo assentamento fortificado da Idade Média.
A descoberta, publicada em junho na revista Antiquity, ocorreu por acaso durante escavações realizadas antes da instalação de um gasoduto. Segundo os especialistas, os corpos estavam dispostos em sepulturas individuais, de maneira semelhante à organização de cemitérios modernos.
De acordo com a pesquisadora Justyna Marchewka-Długońska, da Universidade Cardeal Stefan Wyszyński, os esqueletos pertencem provavelmente aos primeiros cristãos da Polônia, período em que o país vivia a transição do paganismo para o cristianismo. “Essas pessoas representam os primeiros cristãos dessas terras”, afirmou em entrevista à Live Science.
Os arqueólogos observaram que muitos dos enterrados ainda foram sepultados com objetos pessoais, prática típica dos rituais pagãos. Entre os achados estavam pontas de flechas, um machado de batalha, facas, anéis, um balde de madeira e contas de cornalina — uma pedra semipreciosa de cor avermelhada.
Esses elementos revelam uma fusão de tradições religiosas, refletindo o momento de transformação cultural vivido pela região. “Não se tratam de enterros totalmente cristãos nem pagãos, mas de uma tradição mista e em transição”, explicou Sławomir Wadyl, da Universidade de Varsóvia, à Fox News. “Essas pessoas viviam em um tempo de mudanças profundas — da fé pagã para a cristã, das estruturas tribais para os primeiros estados, das antigas tradições para novas identidades.”
Os esqueletos agora serão submetidos a análises arqueológicas e de DNA, o que poderá ajudar os pesquisadores a compreender melhor quem eram essas pessoas e como vivenciaram a transição religiosa. Em um dos corpos, os cientistas já identificaram sinais de fraturas cicatrizadas nas costelas, indicando que o indivíduo pode ter sofrido algum trauma físico durante a vida.
Fonte: Comunhão com informações de Fox News e Live Science










































