A Assembleia de Deus Missões Mundiais (AGWM) anunciou, durante o Conselho Geral das Assembleias de Deus de 2025, realizado entre 4 e 8 de agosto em Orlando, Flórida, o que líderes classificam como a maior iniciativa missionária em mais de 70 anos. O plano busca ampliar o alcance entre povos não engajados e não alcançados em todo o mundo, definido pela liderança como uma resposta à “fome urgente e mundial por Deus”.
O Diretor Executivo da AGWM, John Easter, afirmou em comunicado de 5 de setembro que a visão representa a mobilização mais significativa desde a fundação da entidade. “Esta iniciativa representa o que acreditamos que inaugurará a maior colheita espiritual que nossa geração já viu”, declarou.
De acordo com dados divulgados pela organização, 42% da população mundial, estimada em 8,2 bilhões de pessoas, permanece não alcançada pelo evangelho, incluindo 500 milhões na Europa. Desses, 202 milhões pertencem a 2.085 grupos de povos não engajados, sem presença de igrejas, missionários ou crentes conhecidos. “Eles não rejeitaram o evangelho; simplesmente não têm acesso a ele”, destacou a AGWM.
Easter relatou que a estatística de 42% tem se mantido por duas décadas e que sentiu o peso desse desafio ao assumir a liderança em 2023. A convicção se fortaleceu em outubro de 2024, durante um encontro em Nairóbi, Quênia, com centenas de superintendentes e diretores de missões. “Eu disse a todos: ‘Quarenta e dois por cento. Ouvimos isso há 20 anos. Quando vamos pegar os 42% e dar um passo à frente, nos comprometer e chegar a 41%? E se pegássemos os 42% e tornássemos 40%, 39%, 38%?’”, relatou.
O Superintendente Geral das Assembleias de Deus, Doug Clay, também vice-presidente da Associação Mundial das Assembleias de Deus, participou de uma oração de Páscoa em Nairóbi e disse ter recebido um chamado para a urgência na evangelização: “Não é apenas uma questão do AGWM. Não é apenas uma questão das Assembleias de Deus Mundiais. É uma questão das Assembleias de Deus EUA — uma Igreja engajada na Bíblia, capacitada pelo Espírito e com participação em missões, que vai criar filhos e filhas para irem a esses lugares onde não há uma apresentação adequada de Jesus”, afirmou Clay.
Easter acrescentou que, ao compartilhar a visão com as equipes de liderança, houve consenso de que reduzir o número de povos não alcançados exigiria mudanças de foco e de recursos. O comunicado oficial informou ainda que a AGWM pretende ampliar sua força missionária de 2.569 para 4.000 até 2033, direcionando esforços “para as populações com maior necessidade espiritual, fechando a lacuna de acesso ao evangelho e estabelecendo a igreja entre os mais desolados espiritualmente”.