O Brasil é o 2° país que mais envia missionários, perdendo apenas para os Estados Unidos, segundo uma reportagem da CBN News.
Hoje, 400.000 missionários atuam em todo o mundo. Os EUA está em 1° lugar no envio de missionários, com cerca de 127.000. Em seguida, está o Brasil, com cerca de 38.000 missionários enviados a cada ano.
Os missionários brasileiros estão pregando o Evangelho e levando ajuda humanitária em várias regiões do mundo, incluindo África, Europa, Ásia e Oriente Médio.
“Os brasileiros fizeram uma grande variedade de coisas, desde plantar igrejas até trabalhar em hospitais e fazer trabalhos de ajuda em alguns dos lugares mais difíceis do mundo, e é realmente uma história que provavelmente não é conhecida pela maioria das pessoas”, comentou o Dr. Todd Johnson, um dos principais pesquisadores de religião do Seminário Teológico Gordon-Conwell, à CBN News.
Cafeterias evangelísticas
É o caso de Daniele Silva, de 45 anos, de Belo Horizonte (MG). Ela faz missões em lugares difíceis de pregar no Oriente Médio e na Ásia através da implantação de pequenas cafeterias.
“Além de gerar renda para aquela nação e gerar empregos locais, posso construir relacionamentos com as pessoas. Com cada pessoa que entra no café, é uma oportunidade de fazer amigos, fortalecer relacionamentos e, com o tempo, compartilhar o amor de Cristo com os outros”, explicou a missionária, em entrevista à CBN News.
“No começo, tive muita dificuldade de me comunicar. Eu não conhecia a língua. A comida foi outro choque. Foi muito picante em comparação com o que estou acostumado no Brasil. Também viajei para áreas muito remotas onde não havia estradas e as condições eram muito difíceis”, relatou.
Já a missionária Rebeca Teixeira, da Igreja Quadrangular, faz missões na Europa. Há anos, ela e a família plantam igrejas em Portugal. Rebeca também treina jovens evangelistas pelo continente.
“Meu coração é capacitar e encorajar esses jovens líderes onde quer que estejam, seja em Portugal, Suécia, Dinamarca, Alemanha, não me importo, um lugar é apenas uma possibilidade de ver a ação de Deus. É nisso que os sul-americanos realmente pensam: legado, duradouro através das famílias e gerações”, comentou.
“As missões são feitas da seguinte maneira: é com as mãos de quem dá, com os joelhos de quem ora e com os pés de quem vai”, enfatizou.
América Latina como celeiro de missões
Segundo Zane Pratt, um professor de Missões Cristãs e Vice-Presidente de Treinamento Global no International Mission Board, a Igreja da América Latina, África e do Leste Asiático estão se tornando um celeiro de missões.
Através de relatos dos missionários de todo o mundo, Pratt comentou sobre as mudanças das missão da última década e apontou as tendências para os próximos anos.
As nações que foram evangelizadas pelo Ocidente estão se tornado celeiros de missionários.
“Missionários da Ásia Oriental estão fazendo sentir os seus esforços em todo o mundo. Alguns lugares que recentemente foram campos missionários estão se tornando forças missionárias”, afirmou Pratt.
O professor citou o exemplo dos missionários da América Latina que evangelizaram o mundo islâmico com grande sucesso.
Além disso, a Igreja da América Latina, África e do Leste Asiático precisarão reevangelizar o Ocidente, à medida que a região enfraquece espiritualmente.
“Os missionários do Sul e do Leste desempenharão um papel cada vez mais importante nesta tarefa”, comentou Pratt.
