O Relatório Global de Distribuição das Escrituras 2024, publicado pela Fraternidade das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), mostra que o Brasil mantém a liderança mundial na disseminação da Bíblia. De acordo com o documento, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) foi responsável pela entrega de 4,2 milhões de Bíblias completas em 2024, número superior ao de todos os outros países membros da fraternidade.
O levantamento reúne informações de uma década, entre 2015 e 2024, período em que foram distribuídos mais de 2,6 bilhões de Escrituras impressas em todo o mundo. Somente em 2023, foram contabilizados 150 milhões de cópias impressas, além do crescimento expressivo no acesso digital, com bilhões de interações em plataformas online.
Avanço digital
Além dos exemplares físicos, o Brasil também se destacou no campo digital. Em 2024, o país registrou:
- 16 milhões de downloads das Escrituras, correspondendo a mais de 60% do total entre os dez principais países;
- 5 bilhões de visualizações de capítulos bíblicos online, o segundo maior volume global;
- 406,8 milhões de reproduções de áudio da Bíblia em português, ficando atrás apenas do conteúdo em espanhol.
Movimento em expansão
O reverendo Dirk Gevers, secretário-geral da SBU, destacou o alcance das Escrituras nos diferentes formatos: “As Escrituras estão sendo lidas, ouvidas, assistidas, compartilhadas e discutidas como nunca antes. Este relatório mostra um movimento centrado em Deus e no coração de milhões de pessoas ao redor do mundo”.
A SBB, fundada em 1948, é considerada uma das principais instituições nesse esforço global. Sua atuação envolve tradução, publicação, distribuição e incentivo ao engajamento com a Bíblia.
Histórias de impacto
A edição de 2024 do relatório também incluiu relatos de transformação pessoal. Um exemplo é o de uma mulher no Laos que percorreu dois dias de viagem para receber sua primeira Bíblia. Outro caso citado foi o de refugiados na Tanzânia que encontraram conforto e esperança por meio da leitura bíblica em grupo.
Segundo a SBU, mesmo diante das mudanças provocadas pela digitalização, a missão permanece a mesma: assegurar que todos possam ler, ouvir e viver as Escrituras em sua própria língua, em qualquer parte do mundo.