A cantora gospel Priscila Silva, de idade não divulgada, foi assassinada na manhã da última segunda-feira, 26 de maio, em Mongaguá, município do litoral sul de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 10h00, na residência da irmã da vítima, localizada no bairro Jussara. A brutalidade do ato gerou forte comoção entre moradores e membros da comunidade evangélica da Baixada Santista.
Segundo informações da Polícia Civil, o autor do crime foi José Roberto Alves do Espírito Santo, de 41 anos, cunhado de Priscila. Ele invadiu a casa da ex-esposa, Josiane Silva, utilizando uma pá e uma marreta para atacar a cantora, que estava no local acompanhada dos filhos, Kaio, de 13 anos, e Dandara Vitória, de 11.
A motivação, segundo a investigação, seria o inconformismo de José Roberto com o fim do relacionamento conjugal com Josiane.
Além de assassinar a cunhada e os dois sobrinhos, José Roberto também tentou matar o filho mais velho da cantora, um adolescente de 16 anos, que foi socorrido com vida e encaminhado a uma unidade de saúde. O agressor ainda estuprou a ex-mulher, que estava na casa no momento do crime.
Após denúncia anônima ao COPOM, policiais militares localizaram o suspeito nas proximidades da Escola Givaldo Alves Gomes, correndo descalço, sem camisa e vestindo apenas uma bermuda. Durante a abordagem, os agentes encontraram uma faca de aproximadamente 16 cm no bolso da bermuda. O autor confessou os assassinatos, alegando que as vítimas “não haviam falado a verdade”.
José Roberto foi levado inicialmente ao Pronto-Socorro Central de Mongaguá e, em seguida, à delegacia da cidade, onde recebeu voz de prisão em flagrante. Segundo informações do Vale 360 News, durante o interrogatório, ele teria declarado: “Vou sair logo da cadeia e vou terminar o serviço”.
A delegada responsável pelo caso, Izabela Coelho Fernandes, informou que o autor foi autuado pelos crimes de:
Feminicídio triplamente qualificado,
Homicídio triplamente qualificado,
Tentativa de homicídio triplamente qualificada,
Estupro com abuso de autoridade,
Ameaça,
Descumprimento de medida protetiva, com base na Lei Maria da Penha.
Ainda de acordo com a delegada, “a palavra da vítima é suficiente para embasar a denúncia, quando corroborada por provas materiais e outros elementos”.
Priscila Silva havia se mudado recentemente para Mongaguá. Ela era casada e atuava como cantora no meio gospel, sendo conhecida em eventos evangélicos da região. As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Mongaguá.
O caso será encaminhado ao Ministério Público, e o agressor permanece à disposição da Justiça.