O governo da China comunista emitiu nota de repúdio a declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou intervir militarmente na Nigéria. O republicano defendeu a medida em decorrência da existência de perseguição sistemática contra cristãos no país africano.
Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China comunista, Mao Ning, manifestou apoio ao governo nigeriano.
“Como um parceiro estratégico abrangente, a China apoia firmemente o governo nigeriano em seus esforços para guiar seu povo por um caminho de desenvolvimento de acordo com suas condições nacionais”, declarou.
A diplomata chinesa acrescentou que Pequim “se opõe à interferência de qualquer país nos assuntos internos de outros países sob o pretexto de religião ou direitos humanos”.
As declarações foram uma resposta a publicações feitas por Donald Trump em suas redes sociais na semana anterior. Nelas, o ex-presidente afirmou: “Se o governo nigeriano continuar a permitir o assassinato de cristãos, os Estados Unidos suspenderão imediatamente toda a ajuda e assistência à Nigéria e poderão muito bem intervir naquele país”.
Em uma coletiva de imprensa esta semana, Trump também deixou claro que os EUA poderão intervir militarmente, caso o genocídio de cristãos não tenha vim na Nigéria.
Com isso, Trump determinou que o Departamento de Defesa se preparasse para uma “possível ação” militar, que descreveu como “rápida, implacável e certeira”. O republicano qualificou como “terroristas islâmicos” os autores dos ataques e exigiu que o governo nigeriano “agisse rapidamente”.
Em resposta às acusações, o governo da Nigéria, liderado pelo presidente Bola Ahmed Tinubu, rejeitou as acusações, classificando-as como distantes da realidade. Um representante oficial, de forma absurda, chegou a declarar ser “impossível” a existência de perseguição religiosa institucionalizada no país, muito embora a mesma seja amplamente reconhecida por organizações internacionais que monitoram a perseguição religiosa na região, como a Portas Abertas.
Além disso, documentos recentes elaborados por organizações religiosas independentes tem registrado aumento nos índices de violência contra comunidades cristãs em todo território nigeriano, contrariando a narrativa do governo local, bem como da China comunista. Com: Gazeta do Povo.








































