O filme animado Luz do Mundo, produzido em 2D pelos cineastas John Schafer e Tom Bancroft, chega aos cinemas este mês. A obra apresenta a trajetória de Jesus a partir da perspectiva do apóstolo João, retratado como um jovem de 13 anos. Segundo os realizadores, o projeto foi concebido como um recurso de discipulado voltado a famílias e igrejas.
“Decidimos logo no início que esta história seria contada do ponto de vista do jovem João, o Apóstolo”, afirmou Bancroft. “Agora podemos narrar esta poderosa história bíblica, a maior já contada, a partir de um menino em busca de um Salvador e de um amigo, que acaba descobrindo ser o Messias”.
Origem do projeto
Bancroft tem longa carreira em animação, com passagens pela Disney em produções como A Bela e a Fera, O Rei Leão, Aladdin e Mulan. Schafer, por sua vez, é diretor e produtor premiado, conhecido pelo trabalho na série Superbook.
De acordo com Schafer, a ideia inicial surgiu ainda nos anos 1990 com Matt McPherson. “Ele sentiu fortemente que deveria fazer um filme sobre a vida de Jesus”, relatou. O projeto reuniu mais de 400 artistas que desenharam à mão as sequências da animação. Os cineastas comparam a ambição da produção ao impacto de O Príncipe do Egito, clássico de 1998.
Recursos para discipulado
Além da narrativa, o filme inclui ao final uma mensagem direta do Evangelho e um convite à oração. “Acho que é um poderoso apelo para famílias comuns. Se você quiser levar alguém e se sentir desconfortável em compartilhar o Evangelho, pode levá-lo ao cinema e deixar que este filme fale aos corações”, disse Schafer.
Contexto cultural
O lançamento ocorre em um momento de crescimento de produções bíblicas em larga escala, como The Chosen e Casa de Davi. “Acho que o mundo está em busca de esperança. As pessoas vão ver essas coisas porque estão procurando por algo”, declarou Schafer.
Música e impacto pessoal
O filme conta com a participação da dupla Shane & Shane, que compôs o hino Light of the World Medley. Schafer descreveu a parceria como “gratificante”.
Segundo Bancroft, a produção transformou sua forma de ler as Escrituras. “Temos agora uma versão animada, mais adequada para crianças, de A Paixão de Cristo, que pode ganhar vida para pessoas do mundo todo. Não consigo mais ler a Bíblia da mesma forma”.
Schafer destacou que a obra mostra Jesus de forma acessível. “Você O vê rindo, mostrando compaixão. Isso tornou meu relacionamento mais próximo”.
Os cineastas afirmaram ter contado com consultores bíblicos para manter a fidelidade às Escrituras, equilibrando cenas dramáticas como a traição de Judas e a crucificação com a classificação indicativa livre. “Permanecer fiel às verdades bíblicas era a tarefa número um. Honestamente, foi Deus o tempo todo”, disse Bancroft.
Schafer e Bancroft reforçam que o propósito central é apresentar a mensagem cristã a um público amplo: “Não há nada além de Deus envolvido nisso”, afirmou Bancroft. “Estamos todos animados para que as pessoas vejam… e para voltar à visão que Deus colocou no coração de alguém nos anos 90 e agora vê-la se concretizar”.