O pastor Franklin Graham afirmou que a perseguição violenta contra cristãos em países africanos por grupos jihadistas tem sido ignorada pela comunidade internacional. Em publicação feita nas redes sociais no fim de semana, Graham disse que o “massacre de cristãos na República Democrática do Congo (RDC)” precisa ser amplamente denunciado e chamou o corpo de Cristo em todo o mundo a orar pelas vítimas.
“Enquanto as notícias se concentram em tarifas e outras coisas, o mundo está estranhamente silencioso sobre o massacre de cristãos na República Democrática do Congo (RDC) por jihadistas muçulmanos”, escreveu Graham em sua página no Facebook.
O evangelista mencionou o ataque ocorrido em julho durante uma vigília noturna na cidade de Komanda, no leste da RDC. De acordo com a organização Portas Abertas, 49 cristãos foram mortos por militantes islâmicos que invadiram a igreja e áreas vizinhas. A Fox News reportou o testemunho de uma pessoa presente no local, que afirmou que ao menos nove crianças foram decapitadas.
O atentado foi atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF), grupo armado que atua na região e tem vínculos com o Estado Islâmico. A Portas Abertas informou que a ação faz parte de uma série de ataques violentos ocorridos em julho, que resultaram na morte de pelo menos 80 pessoas, além de inúmeros sequestros e deslocamentos forçados. Illia Djadi, analista da entidade, destacou que os cristãos são alvo direto do grupo extremista.
“Você consegue imaginar o horror? E este não é um incidente isolado — é algo contínuo”, escreveu Graham. Ele também chamou atenção para o cenário em outros países africanos: “Mais de 4.000 cristãos foram mortos na Nigéria no último ano. Na África Subsaariana, mais de 16 milhões de cristãos fugiram de suas casas devido à violência inacreditável. Uma pessoa disse: ‘A igreja está em fuga’”.
Graham também mencionou outro episódio ocorrido em fevereiro na RDC, quando 70 cristãos foram capturados por militantes supostamente ligados à ADF. Conforme relatado pela Portas Abertas, as vítimas foram levadas a uma igreja em Kasanga, onde foram brutalmente assassinadas com facões e martelos. A ação começou ao amanhecer, na vila cristã de Mayba, onde os militantes invadiram casas, sequestraram moradores e cercaram toda a região.
Outro episódio citado por Graham ocorreu na Nigéria, em junho. Segundo a organização International Christian Concern, mais de 200 civis cristãos, incluindo idosos e crianças, foram mortos em ataques simultâneos realizados por homens armados da etnia fulani, de maioria muçulmana.
“Juntem-se a mim em oração por esses cristãos”, concluiu Graham. “Sou grato que o presidente Donald J. Trump e a Casa Branca tenham condenado esses assassinatos e estejam trabalhando para defender a liberdade religiosa em todo o mundo”.
Organizações cristãs como Portas Abertas e International Christian Concern alertam há anos para o crescimento da violência anticristã em partes da África, especialmente nas regiões central e ocidental. Segundo relatórios recentes, a África Subsaariana concentra hoje a maioria dos casos de perseguição religiosa violenta contra cristãos em nível global.