A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, uma nova fase de investigação sobre o uso de recursos da cota parlamentar. Denominada “Operação Galho Fraco”, a ação integra o desdobramento da “Operação Rent a Car”, iniciada em dezembro de 2024, e cumpre sete mandados de busca e apreensão, afetando figuras como o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados.
Além de Sóstenes, que é evangélico e ferrenho crítico do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), outro parlamentar conservador que também sofreu busca e apreensão foi Carlos Jordy.
As diligências foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, do STF. Segundo a PF, a investigação apura um suposto esquema de desvio de verbas públicas por meio da apresentação de contratos fictícios com empresas de locação de veículos. As suspeitas recaem sobre crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A cota parlamentar é uma verba mensal destinada ao custeio de despesas do mandato, como transporte, contratação de serviços e manutenção de gabinetes.
Após a ação, o deputado Carlos Jordy utilizou suas redes sociais para se manifestar. Ele classificou a operação como perseguição política e mencionou que as buscas ocorreram no dia do aniversário de sua filha, afetando inclusive seus pais, que são idosos.
“Nós não vamos nos intimidar. Eu não vou abaixar minha cabeça para essa covardia”, declarou. O parlamentar acrescentou: “Isso aqui, para mim, vai ser mais um instrumento de ânimo para enfrentar essa tirania, essa ditadura do Judiciário, que persegue seus adversários utilizando o aparato da Justiça”.
Até o momento, o deputado Sóstenes Cavalcante não se pronunciou publicamente sobre o caso. A Polícia Federal deve divulgar mais detalhes sobre a operação ao longo do dia.
Críticas a Moraes
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Sóstenes Cavalcante já fez duras críticas ao ministro Moraes, a quem chamou de “psicopata de alto grau” em novembro passado.
Temos que expor essa perseguição política e também religiosa do ministro Alexandre de Moraes. Nós temos que expor nos organismos internacionais como OEA [Organização dos Estados Americanos], ONU [Organização das Nações Unidas], etc”, disse ele na ocasião.
E completou, segundo a Gazeta do Povo: “Nós não vamos ficar silentes e somente na jurisdição brasileira, porque entendemos que a democracia no Brasil está em xeque com os avanços e os desrespeitos constitucionais do ministro Alexandre, que para mim é um psicopata em alto grau”.







































