Esquerda desejando morte a uma criança por usar uma… bolsa. pic.twitter.com/eyAGRKN5gB
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) July 5, 2025
O professor Marcos Dantas, da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), foi alvo de críticas e de um anúncio de processo judicial neste fim de semana, após publicar nas redes sociais um comentário em que sugere o uso de “guilhotina” contra a menina Vicky Justus, de 5 anos, filha do empresário Roberto Justus.
A declaração foi feita em resposta a uma postagem com fotos da criança utilizando uma bolsa de luxo da marca Fendi, avaliada em aproximadamente R$ 14 mil. “Só guilhotina”, escreveu Dantas, em menção ao ensaio fotográfico compartilhado por seus pais. O comentário foi direcionado a um internauta que defendia os ideais da Revolução Russa. A bolsa usada pela menina é do modelo Peekaboo, cor laranja, e está disponível em sites brasileiros especializados em artigos de grife.
A repercussão levou à retirada do perfil do professor das redes sociais. A mãe de Vicky, a influenciadora Ana Paula Siebert, afirmou no domingo, 07 de julho, que irá acionar judicialmente o professor. “Esse caso já está nas mãos dos meus advogados. Peço que todos denunciem esse senhor nas redes sociais. Ele ultrapassou todos os limites”, declarou a influenciadora em seus stories.
Ex-integrante da equipe de Lula
Segundo informações publicadas pelo portal O Antagonista, Marcos Dantas possui histórico de participação em cargos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com seu currículo, disponível publicamente, ele ocupou as funções de Secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério das Comunicações em 2003, Secretário de Educação a Distância do MEC entre 2004 e 2005, e também integrou o Conselho Consultivo da ANATEL. Ainda segundo o levantamento, Dantas colaborou com a elaboração de programas de governo do PT e participou da equipe de transição no início do primeiro mandato de Lula.
No perfil que mantinha na rede social X, Marcos Dantas se apresentava como “líder do ComMarx – Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura”, vinculado à UFRJ. Até o momento, o professor não se pronunciou publicamente sobre o episódio, nem há registro de nota oficial por parte da universidade.
O caso gerou forte mobilização nas redes sociais, especialmente entre pais e defensores dos direitos das crianças. Juridicamente, a legislação brasileira veda qualquer incitação à violência, especialmente quando se refere a menores de idade. A depender do enquadramento legal, a conduta pode ser interpretada como ameaça, apologia ao crime ou incitação à violência, o que pode resultar em responsabilização civil e penal.
Até a manhã desta segunda-feira, 07 de julho, a UFRJ não havia emitido nota oficial sobre o caso. Também não há registro de apuração disciplinar por parte da instituição em relação à conduta de seu docente.