Em publicação na rede social X na última quinta-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a política energética do governo federal, atribuindo ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade pelo aumento nas tarifas de energia elétrica.
Em sua postagem, o parlamentar afirmou que a população brasileira ficará “sem cerveja, sem picanha e sem luz”.
A manifestação do senador ocorre no mesmo contexto de declarações do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Freitas. Em sessão da comissão mista que analisa a Medida Provisória da modernização do setor elétrico, realizada nesta semana, Freitas afirmou que não há perspectiva de redução nas tarifas enquanto os subsídios do setor não forem reconsiderados.
“Temos tarifas de energia elétrica cada vez maiores e elas não vão parar de crescer fortemente em função dos subsídios que estão incluídos na conta de luz”, declarou o diretor.
Os dados que embasam a discussão foram divulgados pela consultoria TR Soluções na segunda-feira, 13 de maio. De acordo com a projeção, a conta de luz para consumidores residenciais deve ter um aumento médio de 8% no próximo ano, calculado com base na média das 51 distribuidoras do país, excluindo impostos e bandeiras tarifárias.
A análise regional indica que os maiores reajustes estão previstos para o Sul e Sudeste do país, com 9,5% cada. As demais regiões teriam os seguintes aumentos médios: Norte, 7,6%; Centro-Oeste, 6,7%; e Nordeste, 4,4%.