O número de senadores favoráveis ao processo de impeachment de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a 39 na tarde desta quarta-feira, 06 de agosto. A informação é do site Votos Senadores, que monitora o posicionamento dos parlamentares em pautas relevantes.
Para que o pedido avance à fase de admissibilidade, são necessários 41 votos. Já a aprovação definitiva da destituição exige o apoio de 54 senadores.
Segundo o levantamento, 24 senadores ainda não definiram sua posição, enquanto 19 se manifestaram contrariamente ao processo. O movimento é liderado principalmente por parlamentares do Partido Liberal (PL), principal legenda de oposição ao governo Lula (PT) no Senado. No entanto, dois senadores do próprio PL permanecem indecisos: Romário (RJ) e Dra. Eudócia Caldas (AL).
Romário foi publicamente cobrado por Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), vereador em Balneário Camboriú, que escreveu: “E aí, Romário? Vai continuar vivendo do gol de 94 ou vai mostrar que também sabe jogar pelo povo? O impeachment do Moraes é sua chance de brilhar de novo”.
Parlamentares de partidos do Centrão, como MDB e PSD, concentram a maioria dos nomes indecisos. Já os partidos alinhados ao governo federal — como PT, PDT e parte do PSB — integram o grupo contrário à abertura do processo contra Moraes.
Senadores favoráveis ao impeachment
O grupo pró-impeachment é composto por parlamentares de diversas legendas, com maioria do PL, mas também inclui nomes de partidos como Podemos, União Brasil, PP e Republicanos:
- Alan Rick (União Brasil–AC)
- Alessandro Vieira (MDB–SE)
- Astronauta Marcos Pontes (PL–SP)
- Carlos Portinho (PL–RJ)
- Carlos Viana (Podemos–MG)
- Cleitinho (Republicanos–MG)
- Damares Alves (Republicanos–DF)
- Dr. Hiran (PP–RR)
- Eduardo Girão (Novo–CE)
- Eduardo Gomes (PL–TO)
- Efraim Filho (União Brasil–PB)
- Esperidião Amin (PP–SC)
- Flávio Bolsonaro (PL–RJ)
- Hamilton Mourão (Republicanos–RS)
- Ivete da Silveira (MDB–SC)
- Izalci Lucas (PL–DF)
- Jaime Bagattoli (PL–RO)
- Jayme Campos (União Brasil–MT)
- Jorge Kajuru (PSB–GO)
- Jorge Seif (PL–SC)
- Lucas Barreto (PSD–AP)
- Luis Carlos Heinze (PP–RS)
- Magno Malta (PL–ES)
- Marcio Bittar (União Brasil–AC)
- Margareth Buzetti (PSD–MT)
- Marcos Rogério (PL–RO)
- Marcos do Val (Podemos–ES)
- Nelsinho Trad (PSD–MS)
- Oriovisto Guimarães (Podemos–PR)
- Plínio Valério (PSDB–AM)
- Professora Dorinha Seabra (União Brasil–TO)
- Rogério Marinho (PL–RN)
- Sergio Moro (União Brasil–PR)
- Styvenson Valentim (Podemos–RN)
- Tereza Cristina (PP–MS)
- Vanderlan Cardoso (PSD–GO)
- Wellington Fagundes (PL–MT)
- Wilder Morais (PL–GO)
- Zequinha Marinho (Podemos–PA)
Senadores indecisos
O grupo de senadores que ainda não definiu posição sobre o impeachment de Alexandre de Moraes reúne nomes de diferentes partidos, com predominância do MDB, PSD e PP:
- Ângelo Coronel (PSD–BA)
- Ciro Nogueira (PP–PI)
- Confúcio Moura (MDB–RO)
- Daniella Ribeiro (PSD–PB)
- Davi Alcolumbre (União Brasil–AP)
- Dra. Eudócia Caldas (PL–AL)
- Eduardo Braga (MDB–AM)
- Eliziane Gama (PSD–MA)
- Fernando Dueire (MDB–PE)
- Flávio Arns (PSB–PR)
- Giordano (MDB–SP)
- Jader Barbalho (MDB–PA)
- Jussara Lima (PSD–PI)
- Laércio Oliveira (PP–SE)
- Mara Gabrilli (PSD–SP)
- Marcelo Castro (MDB–PI)
- Mecias de Jesus (Republicanos–RR)
- Renan Calheiros (MDB–AL)
- Romário (PL–RJ)
- Soraya Thronicke (Podemos–MS)
- Sérgio Petecão (PSD–AC)
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB)
- Zenaide Maia (PSD–RN)
Senadores contrários ao impeachment
Os 19 senadores que se posicionaram contra a abertura do processo estão majoritariamente alinhados ao governo federal e incluem representantes do PT, PDT, PSB e PSD:
- Ana Paula Lobato (PDT–MA)
- Augusta Brito (PT–CE)
- Beto Faro (PT–PA)
- Chico Rodrigues (PSB–RR)
- Cid Gomes (PSB–CE)
- Fabiano Contarato (PT–ES)
- Fernando Farias (MDB–AL)
- Humberto Costa (PT–PE)
- Irajá (PSD–TO)
- Jaques Wagner (PT–BA)
- Leila Barros (PDT–DF)
- Omar Aziz (PSD–AM)
- Otto Alencar (PSD–BA)
- Paulo Paim (PT–RS)
- Randolfe Rodrigues (PT–AP)
- Rodrigo Pacheco (PSD–MG)
- Rogério Carvalho (PT–SE)
- Teresa Leitão (PT–PE)
- Weverton (PDT–MA)
Tramitação do impeachment no Senado
De acordo com o rito previsto, o pedido de impeachment contra um ministro do STF precisa da maioria simples dos votos — 41 dos 81 senadores — para ser admitido e instaurado. No entanto, para que o julgamento resulte na perda do cargo, é necessário o apoio de dois terços do plenário, ou seja, 54 votos.
Até o momento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União–AP), tem evitado pautar pedidos de impeachment de ministros do STF. Ele também está entre os parlamentares indecisos em relação à proposta.
Algo inacreditável está acontecendo
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Não parem!!https://t.co/TmkoYzZn9Dhttps://t.co/TmkoYzZn9D pic.twitter.com/fJ0r80K4bq— Gustavo Gayer (@GayerGus) August 6, 2025