O pastor José Wellington Bezerra da Costa repreendeu pastores da Assembleia de Deus que têm adotado o uso da barba, e apontou textos bíblicos que falam sobre os nazireus como base do costume adotado há décadas pela denominação.
Durante uma reunião da 47ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realizada em São Paulo, o veterano pastor reprovou colegas de ministério que têm usado barba.
“Infelizmente está acontecendo uma coisa entre nós que não está ficando bem. É o porte dos nossos pastores. Meus amados, alguns – eu creio que é até um desrespeito à igreja – [tem relativizado] a sua apresentação diante da igreja. […] Estão apanhando aí um costume que nunca foi nosso”, introduziu José Wellington.
“Não é nosso porque é bíblico. Eu posso mostrar na Bíblia. É a questão da barba. Nós temos muitos pastores que chegam aqui, parecem uns…”, acrescentou, contendo-se para não tecer comparações que poderiam ser mal interpretadas.
Em seguida, pediu a um dos pastores sentados à mesa que lesse os textos de Isaías 7.20 e Ezequiel 5.1, ambos no Antigo Testamento. A primeira passagem diz “naquele mesmo dia rapará o Senhor com uma navalha alugada, que está além do rio, isto é, com o rei da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; e até a barba totalmente tirará”. Já a segunda diz “e tu, ó filho do homem, toma uma faca afiada, como navalha de barbeiro, e a farás passar pela tua cabeça e pela tua barba; então tomarás uma balança de peso, e repartirás os cabelos”.
“Meus irmãos, nazireu já foi lá no passado. Nós não temos aqui nenhum nazireado. E o resultado é que nós estamos vendo pastores subirem no púlpito com a barba grande. Está doente? Arrancou o dente, o que foi?”, disse, demonstrando visível contrariedade.
Segundo José Wellington, adotar o uso da barba seria seguir comportamentos ímpios: “Eu queria pedir aos irmãos: por favor, não podemos acompanhar os costumes do povo que está no mundo. Jesus nos chamou para uma coisa melhor. Paulo diz que nós somos um povo especial, zeloso e de boas obras”, declarou, equiparando o costume da denominação à doutrina bíblica. “Pastor sobe no púlpito, já não tão bem vestido, sem gravata e… olha, vou ficar por aqui. Mas, chega lá barbudo. Não vamos aceitar barba entre nós”, reiterou.
“Não está faltando gilete, não está muito caro. Compre ou vá no barbeiro. Contanto que tire a sua barba e se apresente à igreja bem direitinho. Paulo disse ‘convém nos apresentar como obreiro de que não tem se envergonhar [sic]. Corte a barba e não permita que seus cooperadores sejam barbudos, por favor […] Não é costume nosso trabalhar com pessoas com barba”, encerrou o pastor da Assembleia de Deus Ministério do Belém.
