Lanna Holder, autodenominada pastora, gerou novo debate nas redes sociais ao publicar um vídeo no qual apresenta o que considera serem fundamentos bíblicos para a aceitação de fiéis LGBTQIA+.
Líder da Cidade de Refúgio, uma igreja inclusiva que acolhe membros da comunidade LGBT, Lanna abordou o tema ao responder a uma pergunta sobre a base bíblica para a aceitação de pessoas dessa comunidade.
No vídeo, Lanna afirma que parte dos cristãos interpreta passagens bíblicas de maneira isolada, sem uma análise mais profunda do contexto histórico e linguístico. Ela citou trechos sobre misericórdia e acolhimento, reiterando que Deus “não faz acepção de pessoas”. A pastora argumenta que a promessa feita a Abraão, de que “todas as famílias da terra seriam benditas”, inclui sua própria família: “Eu e minha mulher também estamos incluídas porque cremos em Cristo Jesus”, afirmou.
Lanna citou ainda João 3.16 e versículos do livro de Atos para sustentar sua posição de que, segundo sua interpretação, Deus recebe todos aqueles que entregam suas vidas a Cristo, independentemente da orientação sexual.
As declarações de Holder geraram reações imediatas. Lideranças e seguidores que defendem uma interpretação tradicional da Bíblia manifestaram discordância, alegando que ela desconsiderou textos usados historicamente para ensinar sobre sexualidade. Alguns comentários destacaram as divergências com a argumentação da pastora, como: “Absurdo! Ele amou o mundo, mas chama o mundo para conversão de seus pecados”, “Deus ama o pecador, não o pecado”, e “O evangelho não é aceitação, mas sim renúncia”.
Entre as respostas, destaca-se um vídeo do evangelista e apologista cristão Maurílo Borges, que refutou os argumentos de Holder. Iniciando com citações de textos bíblicos sobre homossexualidade, Borges contestou a explicação de Lanna sobre as diferenças entre eisegese [sic] e exegese, e também questionou cada um de seus argumentos.
No post em que compartilhou o vídeo, Murilo Borges escreveu: “Se formos seguir a lógica desta moça (a eisegese dela), então podemos facilmente concluir o seguinte: Deus abençoa a família de assassinos porque Deus abençoou todas as famílias da terra. Deus ama o estuprador porque Deus amou o mundo e o estuprador está no mundo, não está em Marte. Deus aceita os pedófilos porque Deus não faz acepção de pessoas. Eu duvido que ela concorde com isso”.
Borges também se referiu a passagens bíblicas que, em sua interpretação, afirmam que o homossexualismo é pecado. Ele citou os versículos 9 e 10 do capítulo 6 de 1 Coríntios, que descrevem atos homossexuais como pecados, e seguiu com o versículo 11, que fala sobre o arrependimento: “Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus”.
Borges concluiu seu comentário com uma exortação: “Não use a Bíblia para legitimar o seu pecado. Assim como todos nós precisamos fazer, arrependa-se dos seus pecados, coloque sua fé em Jesus Cristo e busque viver uma vida longe daquilo que desagrada a Deus”.









































