Em 30 de outubro de 2025, a presidente da legenda PL Mulher, Michelle Bolsonaro, emitiu um posicionamento oficial endossando a operação de segurança pública realizada três dias antes em comunidades do Rio de Janeiro, a qual resultou na apreensão de mais de 90 fuzis, dezenas de prisões e mais de 120 mortes.
Das 121 fatalidades, quatro foram de membros das forças de segurança, sendo as demais, segundo a Polícia, figuras ligadas à facção criminosa Comando Vermelho. A ação, considerada a de maior letalidade já registrada no estado, envolveu 2.500 agentes e teve como alvo a desestruturação da organização criminosa.
O documento divulgado por Michelle Bolsonaro, intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, concentrou suas críticas no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mencionando-o nominalmente oito vezes.
Em um dos trechos, a nota estabelece uma conexão entre o líder brasileiro e os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia, referindo-se ao grupo como “Trio da Destruição”.
A publicação afirma que “Os traficantes brasileiros há muito deixaram de ser meros vendedores de drogas. Eles se transformaram em narcoterroristas – uma realidade que não pode mais ser ignorada”.
O texto acrescenta que “Na América do Sul, uma tríade de governantes – Maduro, Petro e Lula, o chamado Trio da Destruição – parece atuar incansavelmente para favorecer os traficantes, inclusive recusando-se a classificá-los como narcoterroristas”.
Como exemplo de suposto alinhamento com o crime organizado, o manifesto cita declaração proferida por Lula durante visita à Indonésia em 24 de outubro, quando o presidente afirmou que traficantes seriam “vítimas dos usuários”. Posteriormente, a assessoria da Presidência esclareceu que a fala havia sido “mal colocada”.
Sobre os indivíduos mortos na operação, o texto do PL Mulher afirma que “não eram vítimas, mas algozes” e que “colheram o que plantaram: violência, destruição e morte”. O manifesto também direcionou críticas à cobertura midiática, afirmando que a imprensa, “paga pelo governo com dinheiro do povo, tente vender a narrativa de que os narcotraficantes foram as vítimas”.
A nota conclui estabelecendo uma relação de responsabilidade, afirmando que “ao tratar narcotraficantes como vítimas, Lula torna-se cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”.
“Oremos para que Deus console também essas mães cujos filhos se tornaram criminosos perigosos, destruindo vidas e famílias”, diz o texto. “Oremos pelo governo do Rio, pelos policiais e suas famílias, por todos que defendem os cidadãos de bem e, especialmente, pelos moradores das comunidades dominadas pelos narcoterroristas – que Deus os
proteja e os livre desse mal constante.”







































