Um levantamento inédito realizado pela Quaest, a pedido da TV Globo, revelou que a identidade do povo brasileiro está fortemente ligada à fé em Deus, ao amor à família e a valores conservadores. O estudo Brasil no Espelho ouviu quase 10 mil pessoas em todos os estados e no Distrito Federal e mostrou que 96% dos entrevistados afirmaram que a família é a coisa mais importante da vida. O mesmo percentual declarou que Deus está no comando de sua vida e que a fé é fonte de esperança para enfrentar os desafios do dia a dia.
Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, os dados confirmam a força do conservadorismo na sociedade brasileira. Em entrevista ao Fantástico, ele destacou que a média nacional é mais tradicional tanto no campo econômico quanto nos valores. Segundo Nunes, o brasileiro tem uma visão marcada pelo fatalismo religioso, presente em expressões comuns como “graças a Deus” e “vai com Deus”.
A diretora de Pesquisa e Conhecimento da Globo, Suzana Pamplona, ressaltou que há muito mais pontos de união do que de separação entre os brasileiros. Para ela, família e fé são pilares que definem a identidade nacional e não podem ser deixados de lado em qualquer análise sobre o país.
Patriotismo
Outro dado revelado pelo estudo é o patriotismo. Quase 85% dos entrevistados disseram sentir orgulho do Brasil. Quando convidados a apontar defeitos do povo, muitos citaram corrupção e preguiça. Já entre as qualidades mais lembradas estão solidariedade, coragem, alegria, criatividade e otimismo. O esforço pessoal também foi apontado como valor central para grande parte da população.
Pesquisas anteriores já indicavam a fé como característica fundamental dos brasileiros. Um levantamento realizado em 2022 pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, em parceria com o Observatório Febraban, mostrou que 30% da população considerava a fé o traço mais marcante do país. Os resultados do Brasil no Espelho reforçam que, apesar das diferenças regionais e culturais, o brasileiro se reconhece em três pilares: fé, família e orgulho nacional.
Fonte: Comunhão