O falecimento do vice-prefeito de Castelo (ES), Rafael Rigo Assini, aos 37 anos, por infarto fulminante no início de setembro, trouxe à tona a discussão sobre os riscos de problemas cardíacos em todas as faixas etárias. A data de 29 de setembro, Dia Mundial do Coração, reforça a importância de medidas preventivas.
Dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 300 mil pessoas morrem anualmente no Brasil devido a complicações cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Essa estatística representa uma média de 1.100 óbitos por dia, ou aproximadamente uma morte a cada 90 segundos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 10% desses óbitos ocorrem em pessoas com menos de 35 anos.
A SBC também afirma que o número de mortes por problemas cardíacos é quase o dobro dos óbitos por câncer, o triplo das mortes por causas violentas e seis vezes maior que os falecimentos por infecções como a AIDS. A entidade ressalta que até 80% desses casos poderiam ser evitados com prevenção adequada.
Análise Médica e Fatores de Risco
O cirurgião cardiovascular Dr. Melchior Luiz Lima explicou que, sem o laudo final de autopsy, é arriscado confirmar causas de óbito, mas detalhou mecanismos comuns de infarto. “Se foi infarto, pode ser por dois motivos: primeiro, uma formação de um coágulo dentro do vaso obstruindo-o; segundo, entupimentos por placas de gordura que calcificam e acabam também obstruindo”, afirmou.
O médico destacou o aumento de casos entre jovens. “Hoje, recebemos esses casos de pessoas um pouco mais jovens infartando. Um modo de você evitar ou de minimizar um problema desses, é fazendo os check-ups rotineiros”, recomendou.
Segundo a Comunhão, Lima também enfatizou a importância de “ter uma vida mais regrada, fugindo do estresse, praticando exercícios físicos e tendo uma alimentação saudável”.
Medidas Preventivas
Entre as principais recomendações para manter a saúde cardiovascular estão:
Alimentação balanceada com redução de sal, açúcar e gorduras saturadas
Prática regular de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica semanal
Controle do estresse através de técnicas de relaxamento e qualidade do sono
Realização de check-ups médicos periódicos
Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool
Monitorar pressão arterial e manter peso adequado
Profissionais de saúde alertam que sintomas como dor no peito, falta de ar, palpitações ou cansaço incomum devem ser investigados imediatamente.