Milhões de evangélicos ocuparam as ruas da Venezuela durante a Marcha para Jesus, um evento que, meses antes, havia sido oficialmente instituído como o “Dia Nacional da Marcha para Jesus” por decreto do regime venezuelano.
Segundo a Aliança Evangélica Latina (AEL), o evento contou com a presença de delegações de igrejas evangélicas dos 23 estados venezuelanos e do Distrito Capital.
Cristãos de diversas nacionalidades e denominações se uniram à marcha, carregando faixas, bandeiras e camisetas com o tema da celebração, além de mensagens que proclamavam Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Ao longo do trajeto, eles cantavam louvores, oravam e faziam chamados à unidade. O tema escolhido para este ano foi: “Jesus, as nações pertencem a Ti”.
Na capital Caracas, duas grandes mobilizações partiram de regiões estratégicas – uma do lado leste e outra do oeste – e se encontraram na Avenida Libertador, ponto culminante da marcha.
A logística foi coordenada por redes de igrejas e ministérios cristãos, com apoio voluntário de jovens, músicos, pastores e líderes comunitários.
Famílias, crianças, adolescentes, idosos, líderes da igreja e até autoridades locais participaram do evento, que se desenrolou em uma atmosfera pacífica e festiva repleta de celebração espiritual.
As redes sociais estavam repletas de imagens da marcha, que ocorreu não apenas nas cidades, mas também nas áreas rurais.
Graça de Deus
O pastor José Piñero, diretor executivo do Conselho Evangélico da Venezuela (CEV), dirigiu-se à multidão em Cumaná com uma mensagem focada na graça e no significado mais profundo do encontro.
“Estamos aqui como cristãos redimidos pela graça do Senhor. Confiamos no chamado de nossos irmãos e irmãs na fé, que nos asseguram que este evento em todo o país nasce de uma motivação profundamente evangélica. Estamos aqui porque esta terra clama por esperança”, disse Piñero.
Ele destacou o propósito inclusivo do evento, afirmando: “Não estamos aqui porque merecemos. Estamos aqui por causa da graça – a graça que nos une independentemente das denominações, independentemente de qualquer outra coisa. Viemos do perdão, viemos da esperança, viemos de um lugar de paz.”
Reforçando o foco da marcha centrado em Cristo, Piñero acrescentou: “Não marchamos em nome de nossa própria igreja ou denominação individual. Marchamos por uma pessoa: Jesus Cristo. Ele venceu a morte, ressuscitou no terceiro dia e venceu o mal.
Em sua mensagem de encerramento, Piñero destacou que o encontro vai muito além de uma simples atividade pública.
“Esta marcha não é um show; é um espaço onde celebramos Jesus Cristo com alegria … celebramos com alegria e com nossa presença nas ruas da Venezuela. Foi isso que viemos fazer”, disse ele.
Renovação
Imagens da marcha se espalharam pela mídia nacional e pelas redes sociais, acompanhadas de relatos emocionados dos participantes.
Enquanto alguns descreveram uma profunda renovação espiritual, outros expressaram gratidão por poderem manifestar sua fé livremente em público. Muitos concordaram que o ambiente era marcado por respeito, união e esperança.
O encerramento foi marcado por momentos de adoração pública, leitura bíblica e orações dedicadas à Venezuela.
Em meio a controvérsias, a data chegou a ser modificada para ocorrer no primeiro sábado de agosto de cada ano, consolidando a marcha como uma expressão espiritual, cultural e social com o propósito de ir além das fronteiras denominacionais.
