Pesquisa divulgada nesta semana pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, apresentou um retrato das preferências políticas da população brasileira dividida por geração. O levantamento comparou respostas de quatro grupos etários: Geração Z (16 a 28 anos), Millennials (29 a 44 anos), Geração X (45 a 60 anos) e Baby Boomers (61 a 79 anos).
Segundo os dados, a Geração Z é o grupo com maior proporção de jovens que se identificam com posições à direita e centro-direita. Entre esses participantes, 52% declararam estar nesse campo político, 31% se identificaram com a esquerda, 5% com o centro e 12% afirmaram não possuir alinhamento definido. Entre os Millennials, 51% se disseram de direita, 27% de esquerda, 3% de centro e 20% não apontaram posição política.
Nas gerações mais velhas, o estudo identificou um padrão distinto. Aproximadamente 52% dos integrantes da Geração X se classificaram como de esquerda, enquanto 34% se identificaram como de direita. Entre os Baby Boomers, 57% se consideraram de esquerda e 25% de direita. No total da amostra, a distribuição nacional apresentou 42% de entrevistados à direita, 40% à esquerda, 3% ao centro e 16% sem posição definida.
Política e religião
O levantamento também avaliou o posicionamento político segundo diferentes tradições religiosas. Entre os evangélicos, 56,6% se identificaram com a direita, enquanto 11,1% declararam alinhamento com a esquerda. Já entre os católicos, o grupo mais numeroso se declarou de esquerda (32,7%). O mesmo ocorreu entre entrevistados agnósticos e ateus, dos quais 60,6% afirmaram se identificar com a esquerda.
Família ou carreira?
A pesquisa incluiu ainda uma pergunta sobre percepções de sucesso: “Qual dessas opções (família ou carreira) é mais importante na sua visão de sucesso?”. Entre os Millennials, 51% afirmaram que formar família é mais importante, enquanto 42% priorizaram a carreira. Foi a única geração em que a maioria colocou a família acima da vida profissional.
Entre a Geração Z, 57% consideraram a carreira mais importante, e 15% afirmaram priorizar a formação de uma família. Em recorte religioso, 49,8% dos evangélicos disseram priorizar a família, enquanto 45,9% colocaram a carreira em primeiro lugar. Entre os católicos, 71,1% declararam priorizar o trabalho. Entre agnósticos e ateus, 79,6% afirmaram que a carreira representa o principal indicador de sucesso.
Expectativas sobre o futuro
O levantamento também buscou medir o grau de otimismo das gerações mais jovens. Apenas 11% da Geração Z e 19% dos Millennials acreditam que terão “muito mais oportunidades econômicas” do que seus pais. A percepção sobre o futuro do país também se mostrou baixa: somente 10% da Geração Z e 9% dos Millennials se declararam “muito otimistas”.
Quando questionados sobre desafios pessoais, participantes dessas duas gerações apontaram sobretudo o alto custo de vida e questões relacionadas à saúde mental, temas que apareceram de forma recorrente entre os entrevistados.









































