A Polícia Federal realizou, na manhã desta segunda-feira (4 de agosto), uma operação contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes está sancionado pela lei Magnitsky e está sendo alvo de congelamento de bens e bloqueio de contas em bancos por conta dos excessos praticados em processos contra opositores políticos.
O parlamentar foi abordado no Aeroporto Internacional de Brasília, no momento em que desembarcava de um voo oriundo dos Estados Unidos. A ação contra Marcos do Val contou com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAP-DF).
Segundo informações apuradas, Do Val permaneceu dez dias em solo norte-americano, contrariando determinação anterior do STF que exigia a entrega de seu passaporte.
Na decisão judicial proferida nesta segunda-feira, Moraes impôs uma série de medidas cautelares ao senador, incluindo a suspensão dos salários. Veja a lista de determinações:
Uso de tornozeleira eletrônica;
Recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira;
Recolhimento integral aos fins de semana, feriados e dias de folga;
Devolução do passaporte diplomático, mediante ofício ao Ministério das Relações Exteriores;
Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por terceiros;
Bloqueio de bens, contas bancárias, investimentos e chaves PIX;
Suspensão de cartões e veículos registrados em nome do senador;
Bloqueio de salários e verbas de gabinete.
Em decisões anteriores, no ano de 2024, o ministro já havia ordenado o bloqueio das redes sociais e a retenção do passaporte de Do Val. As medidas atuais reforçam as restrições impostas ao parlamentar em função de investigações em andamento.
Até o momento, a defesa de Marcos do Val não se pronunciou publicamente sobre a operação ou sobre as novas medidas aplicadas.