O pastor Renato Vargens comentou o relato da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre a violação de liberdade religiosa que ela e sua família sofreram com as determinações do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que houve violação de liberdade religiosa.
O relato de Michelle Bolsonaro no último domingo, 07 de setembro, na Avenida Paulista, mostrou um cenário de perda de intimidade no lar e limitação do exercício religioso, ambos garantidos pela Constituição Federal.
“A Constituição que garante a proteção, sendo violada. A minha filha de 14 anos tendo que ir para a escola e todos os dias ter que abrir o carro para a polícia verificar se tem alguém escondido dentro. Todos os dias, quando eu chego e saio, eu tenho que [deixa-los] revistar o meu carro. É muita humilhação o que nós estamos vivendo”, introduziu Michelle em seu discurso.
De acordo com a esposa de Jair Bolsonaro (PL), a família tem convivido com “policiais toda hora olhando os muros dos vizinhos para ver se tem possibilidade dele pular”, o que, dadas as condições de saúde do ex-presidente, é algo improvável, disse Michelle.
“Um homem com 70 anos, com sequelas de uma facada, que recentemente passou por uma cirurgia de 12 horas. Como que um homem desse vai pular um muro? Meu Deus do céu, parece brincadeira. Parece brincadeira, mas nós vamos vencer. Não desistam, ele não vai desistir. Eu não vou desistir. O choro dura uma noite, mas nós vamos ver a alegria e a justiça raiar na nossa nação. Não desistam”, encorajou a ex-primeira-dama.
“Eu estou tendo a minha liberdade religiosa perseguida, pastor Silas. O senhor foi meu pastor, sabe que eu sempre fiz culto doméstico na minha casa. Eu tenho que ir à casa dos outros para orar toda semana. Eu tenho que sair da minha casa. Nós estamos seguros nessa casa? Eu não posso fazer um culto religioso, porque não foi permitido”, protestou.
“Meus amados, nós vamos vencer. Essa é a certeza que eu tenho no meu coração. E hoje eu choro. Eu não queria estar chorando, mas é muito pesado. É muito pesado. É muito mal que estão fazendo contra nós. Mas eu agradeço a Deus, porque eu sei em quem tenho crido. Eu sei que Ele me chamou. Eu sei que Ele chamou Jair Messias Bolsonaro para um momento da nossa história. Eu sei que Ele enviará a dupla honra. Eu sei disso. Eu sei que a nossa nação será livre dessa ditadura judicial. Eu sei”, finalizou.
O pastor Renato Vargens chamou atenção para uma consequência prática dos arbítrios impostos por Alexandre de Moraes: “A liberdade religiosa de Michele Bolsonaro e família foi violada. Ela não pode fazer culto e reunião de oração com os irmãos na fé na própria residência porque o Xandão não deixa!”, destacou.
Em outra publicação no X, dias antes, Vargens já havia demonstrado sua preocupação com o contexto vivido no Brasil: “Haverá um dia em que perderemos a liberdade religiosa, e quando isso acontecer, alguns que se dizem ‘cristãos’, entregarão os crentes nas mãos do Estado, pelo fato destes desobedecerem as ordens do ‘rei’”.