Erika Kirk, viúva do ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, assassinado em 10 de setembro de 2018, participou na quarta-feira do especial da Fox News intitulado “Erika Kirk: Em Suas Próprias Palavras”. Durante a entrevista conduzida por Jesse Watters, Erika mencionou diversas vezes sua fé cristã, refletindo sobre perdão, luto e família.
A viúva relembrou que perdoou o assassino de seu marido, Tyler Robinson, durante o funeral realizado em 21 de setembro, e comentou a repercussão do caso após o apresentador Jimmy Kimmel ter declarado falsamente que o autor do crime pertencia à “gangue MAGA”. Ela também explicou como tem conversado com os filhos sobre a ausência do pai e citou o livro A Anatomia de uma Dor, de C.S. Lewis, que a ajudou durante o período de luto.
“É tão fácil se arrepender quando se perde alguém que se ama”, disse. “Tentei ler um livro de C.S. Lewis porque ele perdeu o amor da sua vida; ele só foi casado com ela por quatro anos”. Segundo Erika, a leitura foi difícil porque “nas páginas iniciais, ele fala sobre o quão zangado estava com Deus”. Ela destacou, no entanto: “Eu nunca senti isso. Não estou zangada com Deus, nunca estive. Nunca questionei: ‘Por que, Senhor, o Senhor está me fazendo passar por isso? Por que está me testando?’”.
Durante o programa, Erika relembrou como conheceu o marido, quando se candidatou a uma vaga na organização Turning Point USA, fundada por ele. A entrevista de emprego acabou se transformando em uma longa conversa sobre fé e propósito. “Ele me disse que não queria me contratar, mas queria me namorar”, relatou. “O Senhor sabia que eu precisava de um homem assertivo, que não brincasse com os sentimentos. Antes disso, eu orava pedindo a Deus que, se aquele fosse o meu futuro marido, Ele me mostrasse de forma tão clara que eu tivesse paz quanto a isso”.
Erika também falou sobre a transformação do marido após o casamento e o nascimento dos filhos. “Quando você se torna pai ou mãe, isso te transforma. Quando você se torna marido ou esposa, isso te transforma. Estar no altar, fazer uma aliança com o Senhor e dizer ‘Esta é a minha pessoa’, isso te transforma. Vocês se tornam um só. Tudo se torna um só. Nada está separado”, afirmou.
Ela comentou ainda a percepção de que Charlie Kirk se tornara “mais tranquilo” com o passar do tempo, descrevendo essa mudança como “um enorme testemunho de sua fé, porque ele percebeu cada vez mais que isso não se tratava de Charlie Kirk”.
Ao falar sobre como comunicou a morte do marido aos filhos, Erika contou que lhes disse que o pai “estava indo em uma viagem de trabalho com Jesus”. Segundo ela, quando a filha perguntou onde ele estava, respondeu: “Papai ainda está com Jesus. Se algum dia você quiser falar com o papai, basta olhar para o céu e começar a falar com Ele — Ele pode te ouvir”.
Por fim, a viúva explicou sua decisão de perdoar o assassino. “Muitas pessoas neste mundo pensam que perdoar é sinal de fraqueza ou que, ao perdoar, você esquece, mas é exatamente o oposto”, afirmou. “O inimigo roubou meu marido, e se eu não perdoasse, seria mais por mim do que por ele, porque o inimigo teria meu coração. E eu sabia que todos os dias o Senhor me perdoa por tudo. Não é fácil, nunca é fácil, mas é libertador. É tão libertador”.









































