O quarterback do New York Jets, Justin Fields, afirmou que seu novo hábito diário de leitura da Bíblia aprofundou sua fé e redirecionou seu foco da aprovação pública para a orientação de Deus. Em entrevista coletiva no campo de treinamento, o jogador de 25 anos disse que tem levado mais a sério sua vida espiritual nos últimos seis meses.
“Acho que eu costumava deixar que as opiniões dos outros moldassem a minha”, declarou Fields aos repórteres. “Mas você não pode fazer isso porque vai começar a pensar como essas opiniões. Estou feliz por ter superado essa fase e estou feliz que a única aprovação de que preciso agora é dos meus companheiros de equipe, dos meus treinadores e, em última análise, de Deus”.
Formado pela Universidade Estadual de Ohio e duas vezes eleito Jogador Ofensivo do Ano da Big Ten, Fields assinou em março um contrato de dois anos e US$ 40 milhões com os Jets, após três temporadas com os Bears e uma passagem pelo Pittsburgh Steelers. Ele disse que o comprometimento diário com as Escrituras fortaleceu seu relacionamento com Deus e revelou ensinamentos que desconhecia.
“Tenho me aproximado de Deus — lendo a Bíblia todos os dias, construindo esse relacionamento”, afirmou. “Há tanta sabedoria e tantos versos maravilhosos que eu nem conhecia. Sinceramente, sou um viciado em pegar minha Bíblia todos os dias, só porque aprendo algo novo a cada dia e consigo aplicar isso no meu dia a dia”.
Fields recomendou o livro de Provérbios para quem deseja começar a leitura e disse lamentar não ter iniciado antes o hábito. “Eu dormia sobre a Bíblia no começo da minha vida”, afirmou. “Gostaria de ter começado antes. Encorajo todos a lerem um pouquinho e partirem daí”. O atleta mantém no peito uma tatuagem com 1 João 1:9, versículo favorito de seu pai, e contou que, conforme relatou à revista GQ em 2023, costuma iniciar o dia abrindo o aplicativo da Bíblia em seu celular.
Nos últimos meses, outros jogadores da NFL também falaram publicamente sobre a fé. Em março, Baker Mayfield, quarterback do Tampa Bay Buccaneers, disse que precisou chegar “ao fundo do poço” antes de reconhecer a importância de Jesus Cristo. Em maio, o running back novato do Pittsburgh Steelers, Kaleb Johnson, relatou que seu batismo representou “um dos momentos mais poderosos e significativos” de sua vida, destacando que passou a encontrar sua identidade em Cristo e não no futebol americano.
A manifestação de fé também se estendeu ao esporte universitário. Antes do Campeonato de Softball da Conference USA, em maio, mais de 70 atletas e treinadores de seis escolas participaram do batismo de 26 jogadores após um evento de adoração.
O ex-tight end da NFL Benjamin Watson, hoje comentarista e líder cristão, disse à Coalizão pelo Evangelho que expressões públicas de fé entre atletas são positivas, mas exigem responsabilidade: “Precisamos orar para que os irmãos estejam dispostos a criticar, a falar a verdade com amor aos atletas. E isso vem por meio do relacionamento”, afirmou.
Watson alertou que, em alguns casos, jogadores recém-convertidos são expostos rapidamente a convites para falar publicamente, sem tempo para desenvolver maturidade espiritual, de acordo com o The Christian Post.
“Parte de se tornar mais maduro como crente está na sua própria prática pessoal, mas também na crítica prestativa e amorosa dos outros”, disse Watson. “Você o ajuda, comenta o que ele está dizendo e aborda o assunto com fé e amor — mas no sentido de fazê-lo crescer na fé e não rebaixá-lo”.