Uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em junho deste ano revelou dados preocupantes sobre o cenário religioso brasileiro, precisamente sobre os que se declaram “sem religião“, algo comentado pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes, ex-chanceler do da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Os dados apontaram que os que se declaram “sem religião” representam, agora, 9,3% da população brasileira, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Biografia e Estatística (IBGE) em 2022. Este segmento representava 7,9% em 2010.
O que para alguns pode parecer pouco, na verdade, constitui uma tendência alarmante para um país com o Brasil, onde os dados contrastam com o crescimento do número de igrejas consideradas evangélicas.
Isto, para Nicodemus, tem uma explicação: a quantidade de igrejas não reflete, necessariamente, a pregação genuína do Evangelho de Jesus Cristo. Por meio das redes sociais, o doutor em Teologia comentou pontualmente o seguinte:
“O crescimento dos ‘sem religião’ revela não apenas secularização, mas o fracasso das igrejas em pregar o verdadeiro evangelho. Onde há show, promessas de prosperidade e moralismo raso, haverá desilusão. Falta cruz. Falta Cristo.”
Em outros termos, para o teólogo e autor, quem se declara não pertencer a uma instituição religiosa específica (o que não se confunde com ateísmo ou agnosticismo, que são diferentes), não necessariamente deseja ficar de “fora” de um grupo identitário de crenças.
“Espiritualidade alternativa”
Jenn Nizza, ex-médium convertida a Jesus Cristo, recentemente fez um alerta que parece corroborar com a visão do reverendo Nicodemus. Ao entrevistar o evangelista Don Veinot, presidente da organização cristã Midwest Christian Outreach, que foca no alcance de satanistas e ocultistas, ela confirmou o que o colega tem visto em suas ações.
Veinot disse que muitos adeptos do ocultismo abandonaram o cristianismo por não terem encontrado respostas claras o suficiente para os seus questionamentos. Isto, na prática, seria a falta da pregação do “verdadeiro evangelho” destacado por Nicodemus.
“Estamos na era do reencantamento. Se a Igreja não acordar, o futuro será de espiritualidade alternativa, não de ateísmo”, disse o evangelista, no que Nizza endossou: “É uma mentira ancestral que engana multidões”. Veja também:
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