O filme Segredos do Deserto (The Carpenter’s Son), estrelado por Nicolas Cage, tem gerado ampla repercussão e críticas desde a divulgação de seu trailer em 01 de outubro pela distribuidora Magnolia Pictures. A produção é uma releitura do apócrifo Pseudo-Evangelho de Tomé, texto que apresenta narrativas não canônicas sobre a infância de Jesus.
Dirigido por Lofty Nathan, o longa acompanha José (interpretado por Cage), sua esposa Maria (vivida pela cantora FKA Twigs) e o filho adolescente Jesus (Noah Jupe) em uma jornada por uma vila remota no Egito, durante o período do domínio romano. Segundo a sinopse oficial, “uma vila remota no Egito da era romana explode em uma guerra espiritual quando um carpinteiro, sua esposa e seu filho são alvos de forças sobrenaturais”.
O enredo retrata um jovem Jesus que enfrenta tentações apresentadas por uma criança misteriosa chamada “A Estranha”, personagem que o influencia a confrontar o pai e descobrir poderes sobrenaturais. Em um dos trechos do trailer, José afirma: “Ele carrega um poder que não consegue entender”. O filme, de tom sombrio e elementos de terror, tem estreia prevista para 14 de novembro nos Estados Unidos e 20 de novembro no Brasil.
Reação do público e críticas
Após a divulgação do trailer, a produção passou a ser alvo de críticas nas plataformas digitais. No Google, a obra recebeu 1,4 estrelas de um total de cinco, refletindo a insatisfação de parte do público.
Entre os comentários mais citados, David Badin escreveu: “Uma tentativa repugnante de difamar e zombar da fé cristã. A frase mais usada na Bíblia é ‘não tenha medo’ — esse horror falso e distorcido é uma blasfêmia e tem uma agenda muito sombria”.
Outro espectador, identificado como Alex Mayer, manifestou indignação: “Como cristão ortodoxo devoto, estou profundamente chocado e indignado com o filme Segredos do Deserto. Este filme de terror, que retrata a infância de Jesus em um contexto sombrio e sobrenatural, não é apenas teologicamente questionável, mas também uma distorção desrespeitosa das Sagradas Escrituras. É uma provocação deliberada à fé cristã”.
Mayer acrescentou ainda: “Apelo a todos os fiéis para que evitem este filme e não participem da disseminação de tais obras blasfemas. Que Deus nos conceda sabedoria e coragem para preservar nossa fé e condenar tais profanações”.
Outros internautas expressaram sentimentos semelhantes. Um deles comentou: “Há muitas coisas neste mundo com as quais se pode brincar, mas esta certamente não é nenhuma delas. Desconsiderar Jesus, o Salvador do mundo, só para ser famoso ou ganhar dinheiro, é a prova de que o fim está próximo. Espero que todos os envolvidos neste filme se voltem para Jesus e vejam a pessoa maravilhosa que Ele é”.