Os dados atualizados pelo Ministério da Saúde indicam que o Brasil alcançou 512 mil casos de dengue em 2024. Esses números abrangem tanto os casos confirmados quanto os prováveis, ou seja, aqueles que ainda estão sob investigação, em todos os estados, desde janeiro até 12 de fevereiro. Além disso, 75 mortes pela doença foram confirmadas, enquanto outras 217 estão em fase de investigação.
Comparativamente, os casos de dengue quase quadruplicaram em relação ao mesmo período de 2023, quando foram notificados 128,8 mil casos. O Distrito Federal e os estados de Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentam os maiores índices da doença.
Diante da escassez de doses, o governo selecionou cidades prioritárias, resultando em uma cobertura vacinal de apenas 10% da população do país.
Considerada pelo Ministério da Saúde como a arbovirose urbana mais comum nas Américas, especialmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento projetado nos casos da doença é atribuído a fatores como a combinação de calor intenso e chuvas fortes (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil. O Ministério da Saúde também observa que o aumento contínuo e em proporções superiores aos anos anteriores indica que o país poderá chegar a 4,2 milhões de casos. A imunização teve início na semana passada, porém, de forma gradual devido à limitação de doses. O primeiro lote será destinado a crianças de 10 a 11 anos, conforme divulgado pelo ministério.
A vacinação abrangerá aproximadamente 500 cidades, o que representa cerca de 10% do total de municípios brasileiros. Além disso, apenas crianças de 10 a 14 anos serão vacinadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A quantidade disponível é restrita devido às limitações na produção do laboratório Takeda. O Ministério da Saúde receberá um pouco mais de 6 milhões de doses, sendo 5,2 milhões adquiridas e 1,3 milhão doadas.
É importante destacar que, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhuma cidade de Rondônia foi incluída na distribuição das doses da vacina devido ao baixo índice de casos da doença na região.
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